Respostas
As missões Jesuíticas no Brasil, também chamadas de “reduções”, foram encerradas por algumas razões elementares:
1)os críticos dos jesuítas sempre alegaram a participação destes em uma “provável República Guarani”;
2)os inúmeros conflitos desencadeados “principalmente” pela intervenção ideológica que os jesuítas desempenharam junto aos indígenas, acabou culminando na morte de milhares deles, desta forma a “contrariedade” da Coroa Portuguesa em relação aos jesuítas foi se potencializando;
3) a Coroa então, partiu para uma grande ofensiva e expulsou os jesuítas sob o pretexto de se diluir a possível liderança “guarani” na época;
4)com a intervenção ideológica dos jesuítas, mesmo após a sua expulsão, os indígenas foram se convertendo em “guerreiros”, mas infelizmente foram cruelmente dizimados
5)mesmo entendendo que os jesuítas buscaram impedir a liberdade de credo e social dos índios, através da doutrina cristão, ao mesmo tempo eles conseguiram introduzir em uma cultura primitiva os costumes até avançados do continente europeu, sobretudo um modelo arcaico de administração baseado essencialmente em uma utopia. Neste modelo prevalecia a noção de “propriedade coletiva” , inexistência de classes e sem uma governança específica.
6)para culminar com o fim das missões Jesuíticas, podemos citar a intervenção dos Bandeirantes, que além da prática de escravidão destes índios, ocuparam regiões estratégicas de atuação das reduções (ou missões jesuíticas)
Na minha opinião, o mercantilismo foi preponderante para o fim das missões jesuíticas, pois a essência deste sistema, voltada para a intervenção estatal; acumulação de riquezas; colonização; implantação do monopólio resultou na necessidade da prática da escravidão (inerente ao colonialismo). O confronto inicialmente “ideológico” entre os interesses da Coroa e das missões Jesuíticas, acentuou o conflito entre as partes.