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Esse ganho populacional, certamente pequeno,mascara uma realidade extremamente desigual nos 27 países da União Europeia,com perdedores e ganhadores.A população aumentou em 19 Estados-membros, entre os quais podemos citar: Reino Unido, Espanha, Itália, França, Suécia, Dinamarca, Eslovênia e Bélgica,e caiu em 8 países como Lituânia, Letônia, Bulgária e Alemanha.
A imigração é a principal contribuidora desse ganho de 1,4 milhão de habitantes,com um saldo positivo de 0,9 milhão de imigrantes,ou seja,60% do aumento da população europeia.
O "crescimento natural",que corresponde a diferença entre o número de nascimentos e o número de mortes, só representa 0,5 milhão. de recém-nascidos,ou seja,40% do total.
Os países que mostram as mais altas taxas de fecundidade são: Irlanda, Chipre, França, Reino Unido.
A imigração compensa a baixa natalidade? Dizem que o Velho Continente está em declínio populacional. A constatação é um pouco simplista. Em 1º de janeiro de 2010, a população da União Europeia (UE) ultrapassou a barreira simbólica dos 500 milhões de habitantes; 501,1 milhões, mais precisamente. Comparado aos 499,7 milhões registrados em 2009, esse número marca um aumento de 2,7 habitantes por mil, segundo os dados comunicados, na terça-feira (27 de julho), pelo Eurostat, o serviço de informação estatística da UE. A imigração, principal contribuidora Esse ganho populacional, certamente pequeno, mascara uma realidade extremamente desigual nos 27 países da UE, com perdedores e ganhadores. A população aumentou em 19 Estados-membros (entre os quais Reino Unido, Espanha, Itália, França, Suécia, Dinamarca, Eslovênia, Bélgica...) e caiu em oito países, como Lituânia, Letônia, Bulgária e Alemanha. A imigração é a principal contribuidora desse ganho de 1,4 milhão de habitantes, com um saldo positivo de 0,9 milhão de imigrantes, ou seja, 60% do aumento da população europeia. O “crescimento natural”, que corresponde à diferença entre o número de nascimentos e o número de mortes, só representa 0,5 milhão de recém-nascidos, ou seja, 40% do total. Em 50 anos, a relação entre a contribuição dos nascimentos e a imigração se inverteu. “Em 1960, o conjunto dos 27 países que hoje constituem a UE mostrava quase 8 milhões de nascimentos e pouco mais de 4 milhões de mortes”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED). “As migrações se efetuavam entre países europeus e, de forma geral, o saldo migratório era quase nulo.” Agora se tem somente 5,4 milhões de crianças nascidas na mesma zona, para 4,8 milhões de mortes registradas. Os países que mostram as mais altas taxas de fecundidade são a Irlanda (10 para 1000), Chipre (5,5), França (4,3), Reino Unido (3,7) ou ainda, em uma menor escala, a Suécia e a Finlândia. No outro extremo, há um saldo natural negativo em dez países, e as maiores quedas são observadas na Bulgária e na Letônia (-3,6), na Hungria (-3,4) e na Alemanha (-2,3). “Existe um verdadeiro contraste entre os países do Sul e do Leste, pouco fecundos, e os do Norte e do Oeste”, comenta Gilles Pison. Nos países mediterrâneos, a fecundidade caiu muito rápido (Espanha, Itália, Grécia). As jovens que estudam por muito tempo e pretendem trabalhar adiam a idade em que elas têm o primeiro filho, por não terem com quem deixá-los. Na Alemanha, onde uma política de auxílio às famílias foi implantada recentemente, ainda é culturalmente mal visto deixar seu filho sob cuidados de outra pessoa. Por fim, na maior parte dos países do Leste, a fecundidade caiu em razão das incertezas econômicas e políticas relacionadas à queda do muro de Berlim.
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