Em 21 de dezembro de 1941, Getúlio Vargas recebeu Osvaldo Aranha, seu ministro das Relações Exteriores, para uma reunião. Leia alguns trechos do diário do presidente: "À noite, recebi o Osvaldo. Disse-me que o governo americano não nos daria auxílio, porque não confiava em elementos do meu governo, que eu deveria substituir. Respondi que não tinha motivos para desconfiar dos meus auxiliares, que as facilidades que estávamos dando aos americanos não autorizavam essas desconfianças, e que eu não substituiria esses auxiliares por imposições estranhas." VARGAS, Getúlio, Diário. São Paulo / Rio de Janeiro, Siciliano/ Fundação Getúlio Vargas, 1995, vol. II, p. 443. A respeito desse período, podemos afirmar:
Respostas
As alternativas são:
a) As desconfianças norte-americanas eram completamente infundadas porque não havia nenhum simpatizante do nazifascismo entre os integrantes do governo brasileiro.
b) Com sua política pragmática, Vargas negociou vantagens econômicas com o governo americano e manteve em seu governo simpatizantes dos regimes nazifascistas.
c) Apesar das semelhanças entre o Estado Novo e os regimes fascistas, Vargas não permitiu nenhum tipo de relacionamento diplomático entre o Brasil e os países do Eixo.
d) No alto escalão do governo Vargas havia uma série de simpatizantes do regime comunista da União Soviética e de seu líder Joseph Stalin.
e) As pressões do governo norte-americano levaram Vargas a demitir seu ministro da Guerra, o general Eurico Gaspar Dutra, admirador dos regimes nazifascistas.
A é falsa. Havia, dentro do governo Vargas, participação de alguns Integralistas (que eram simpáticos ao nazifascismo) e um modelo político antidemocrático).
B é verdadeira. O Governo Vargas, apesar de pautado pelo autoritarismo, era pragmático em questões internacionais, tomando os partidos que fossem mais benéficos para o Brasil, e não necessariamente mais ideologicamente coerentes com o regime.
C é falsa, tendo Vargas "cortejado" as potências do Eixo, tendo chegado a oferecer acordos econômicos entre a Alemanha Nazista e o Brasil (além de, por exemplo, deportar para a Alemanha presos políticos judeus, como Olga Benário).
D é falsa. No alto escalão de Vargas via-se com desconfiança o sistema comunista.
E é falsa. Dutra não era um admirador dos nazistas, e sim um partidário da democracia, e não foi demitido.
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O Governo Vargas, apesar de pautado pelo autoritarismo, era pragmático em questões internacionais, tomando os partidos que fossem mais benéficos para o Brasil, e não necessariamente mais ideologicamente coerentes com o regime.