a) em que sentido nossas dores são um caminho para a sabedoria?
b) por que é o risco que nos leva a pensar ?
Respostas
a) Recorrendo a Nietzsche (um dos filósofos mais importantes da história), o mesmo defendia a ideia de que as nossas dores seriam um caminho para a sabedoria, sob o pretexto de que o homem precisa passar por provações e dificuldades, para assim conseguir tornar-se “si mesmo”, ou seja, se auto-identificar enquanto indivíduo. Quando conseguimos “ser quem realmente nós somos”, depois de enfrentadas as crises e os problemas da vida e mesmo superando-os (ou não), alcançamos sabedoria, segundo Nietzsche. Desta forma não devemos seguir ídolos ou basear nossa forma de agir e pensar nestes ídolos, pois precisamos ser quem realmente somos, sem modelos a seguir ou imitar. Mesmo na dor existe a esperança, portanto o “destino” é um caminho traçado e idealizado por nós mesmos. Não existe um roteiro pronto. A partir do momento em que a dor nos ensina a viver, ela deve ser respeitada e considerada, daí vem a sabedoria: aprender e crescer com as dores da vida.
b) Pois o risco além de representar uma necessidade “imediata” de ação ou planejamento, revela a fragilidade humana diante daquilo que se desconhece. O risco quando calculado, confunde-se com a “coragem”, entretanto o risco inconsequente, configura a ignorância, a estupidez, mesmo diante do mecanismo humano de mensuração do “medo”. Neste sentido, a primeira resposta frente ao risco é o “pensar”. Avaliar, mesmo precariamente, o que se pode fazer diante de um dilema. Não significa que serão tomadas as melhores decisões, pois estas serão pessoais e individuais, principalmente baseadas na estória de vida e experiências de cada um enquanto indivíduo “pensante”.