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O projeto desviaria as águas do Velho Chico (como é conhecido na região) do seu curso normal. Por meio de dutos e canos, a água seria captada no rio e levada para lugares distantes, abastecendo outros rios e irrigando áreas dos Estados de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
As águas seriam bombeadas e conduzidas por dutos até pequenos rios que normalmente secam durante uma parte do ano transformando-os em rios permanentes. A transposição do São Francisco abasteceria uma população de 6 milhões de habitantes, além de reativar 2100 quilômetros de rios secos e irrigar uma área de 300 mil hectares.
Mas o projeto é também muito polêmico, pois não se sabe o impacto ambiental das obras, isto é, até onde o "seqüestro" das águas do Velho Chico vai modificar a natureza. Os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre como o meio ambiente da região vai reagir. Não se sabe o que aconteceria com os peixes, as aves e os microrganismos que vivem no São Francisco ou às suas margens.
Alguns dizem também que a transposição iria diminuir a produção de energia das hidrelétricas do São Francisco, pois com menos água, o rio corre com menos força e gera menos energia elétrica. Enquanto os cientistas e os políticos não chegam a uma conclusão, o Nordeste sofre com a seca e passa mais um ano sem solução para a falta de água e alimento para seus moradores.