Respostas
O problema cosmológico discutido desde Tales de Mileto (Escola Jônica) até o Atomismo (Escola Atomística) remete ao questionamento sobre a formação de todas as coisas, ou seja, a composição do universo. Neste sentido, podemos transcender o significado de “cosmológico”, além da percepção da Cosmologia que enquanto ramo da Astronomia busca estudar a origem, estrutura e/ou evolução do universo; atribuindo também para o estudo da composição da matéria em si (em um contexto filosófico).
Tales acreditava que a água era o elemento responsável pela formação de todas as coisas. Anaximandro acreditava ser o Ápeiron, este elemento. Para Anaxímenes, o elemento fundamental seria o ar. Heráclito considerava o fogo. (todas teorias da Escola Jônica).
Pitágoras de Samos, creditou aos “números” a responsabilidade pela “essência” das coisas. Seus métodos mesclavam física, matemática e misticismo. (teoria da Escola Itálica)
Xenófanes de Cólofon, Parmênides de Eleia e Zenão de Eleia mantinham um “consenso”, pois acreditavam na ideia de “Um” (ser responsável por tudo). Este pensamento era de fato dirigido à religiosidade, pois eles acreditavam que o mundo é formado por um “Ser-Absoluto”, que não foi feito, é eterno, perfeito e não se modifica. (teoria de Escola Eleática)
E, finalmente, Leucipo de Mileto, Demócrito de Abdera e Epicuro de Samos, sofisticaram a discussão ao desenvolver o pensamento (teoria) de que seriam vários os elementos que poderiam formam as coisas. Neste sentido surge então a concepção do átomo (a = negação e tomos = divisão, ou seja, aquele ou aquilo que não pode ser dividido ou fracionado). Desta forma, o universo seria formado a partir de uma espécie de “choque” aleatório, imprevisível e inevitável de infinitos átomos. (teoria da Escola Atomística ou atomismo).
Resumindo: a preocupação de Tales sempre se relacionou com a origem da matéria, pois acreditava existir um fundamento para o surgimento e a evolução de todas as coisas; estendendo a análise e chegando direto ao atomismo, estes acreditavam que os elementos básicos da realidade eram os átomos, até então partículas de matéria indivisíveis, indestrutíveis, que se moviam no espaço de forma aleatória e infinita.
Convém ainda citar Platão, pois ele propôs uma fundamentação acerca de uma composição que agrega a matéria à geometria. Entretanto, reconheceu que um simples modelo aritmético não teria a possibilidade de determinar com precisão a constituição do universo das coisas. O avanço em sua teoria, no entanto, resultaria em uma composição geométrica que substituiria aquela apresentada por Leucipo de Demócrito. (teoria Platônica)