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Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), também conhecida como Primeira Internacional ou simplesmente Internacional, foi uma organização internacional fundada em setembro de 1864. Foi a primeira organização operária a superar fronteiras nacionais,[1] reunindo membros de todos os países da Europa e também dos Estados Unidos. A organização abrigou, em seu seio, trabalhadores das mais diversas correntes ideológicas de esquerda: de comunistas marxistas até anarquistas bakuninistas e proudhonianos, além de sindicalistas, reformistas, blanquistas, owenistas, lassalianos, republicanos e democratas radicais e cooperativistas.[1][2]
Ao longo de sua existência, a Internacional ajudou o desenvolvimento do movimento operário europeu, apoiando greves, sindicatos e sociedades de resistência,[3] além de ter declarado oposição à Guerra Franco-Prussiana[4] e ter prestado apoio à Comuna de Paris, da qual muitos de seus membros participaram.[1] A organização também declarou apoio à União na Guerra de Secessão[5][6] e ao movimento feniano na Irlanda.[7] A Internacional realizou, entre 1866 e 1872, cinco congressos gerais, onde foram discutidas questões de interesse da classe trabalhadora como as condições de trabalho do proletariado da época, as relações de trabalho, a função e importância dos sindicatos, a coletivização da terra e dos meios de produção, entre outras. Nesses congressos, foram aprovadas diversas resoluções, como a promoção da solidariedade e colaboração entre os operários de toda a Europa em suas lutas, a promoção do trabalho cooperativo, a redução da jornada de trabalho para oito horas e melhores condições de trabalho, sobretudo para mulheres e crianças.[1] É estimado que em seu período de maior afirmação, entre 1870 e 1872, o número de adesões à Internacional tenha superado os 150 mil membros.[8]