5 - Os poetas e escritores modernistas, dentre outras posturas, defenderam a linguagem coloquial, incorporaram léxico e construções de extração popular e regional e valorizaram elementos nacionais. Pode-se identificar num outro momento anterior da literatura que, dentro de um espírito nacionalista, também houve a defesa de uma possível “língua brasileira”, fato este verificado pela frase:
a) “Porque o escrever — tanta perícia, / Tanta requer, / Que ofício tal... nem há notícia / De outro qualquer.” (Olavo Bilac)
b) “O defeito que eu vejo nessa lenda [Iracema], o defeito que vejo em todos os livros brasileiros, e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português (...)” (Pinheiro Chagas)
c) “O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?” (José de Alencar)
d) “Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita” (Mário de Andrade)
e) “A grande poesia consiste na linguagem carregada de significação no mais alto grau possível” (Ezra Pound)
Respostas
Olá.
Alternativa C.
》Quando fala do "povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba", José de Alencar está se referindo ao povo, à camada com menos recursos e escolaridade. Quando fala do "povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera", está se referindo à camada mais privilegiada, à elite.
Assim, ele questiona como pode a linguagem do povo ser a mesma da linguagem das elites. Não seria possível o povo absorver essa linguagem elitizada sem modificá-la de acordo com sua cultura.
Por isso, ele defende a linguagem popular, aquela falada pelo povo e que identifica sua cultura.
Bons estudos!
Resposta:
O povo que chupa o caju a manga o Cambuca é a jabuticaba pode falar uma língua com igual, pronuncia é o mesma espírito do povo que sorve o figo a pêra o damasco e a nêspera