Pena etol. (2000), no trabalho Retratomoleculor do Brasil, descreveram o perfil genômico da população brasileira, e os resultados obtidos por análise do cromossomo Y indicaram alta frequência de grupos gênicos europeus na população masculina. Por outro lado. análises do DNA mitocondrial indicaram a existência de alta frequência de grupos gênicos indígenas e africanos. Esses dados ajudam a entender a formação da população brasileira a partir da miscigenação ocorrida durante a colonização, uma vez que os primeiros imigrantes portugueses não trouxeram suas mulheres e iniciaram o processo de miscigenação com mulheres indígenas e. mais tarde, no século XVI. esse processo se estendeu às mulheres africanas. A partir dessas informações, um estudo sobre a frequência gênica da população brasileira mostrou: ■ no ano de 1500. os alelos para o locus A e para o locus B apresentavam as seguintes frequências: A 90% e a 10%; B 20% e b 80%; ■ no ano de 1580. a frequência de heterozigotos para o locus A era de 42% e para o locus B era de 32%; ■ no ano de 1750. a frequência de heterozigotos para o locus A era de 42% e para o locus B era de 50%. 1. (UFPB) De acordo com a história da formação da população brasileira e os dados apresentados no texto, assim como com a literatura sobre genética de populações, identifique as afirmativas CORRETAS1: ( ) 0 alelo a tem alta frequência na população europeia. ( ) 0 alelo B tem alta frequência na população indígena. ( ) 0 alelo B tem alta frequência na população africana. ( ) 0 alelo A tem alta frequência na população indígena. ( ) 0 alelo B tem alta frequência na população europeia.
Respostas
O alelo a tem alta frequência na população europeia.
Verdadeiro. Vemos em 1500 a alta frequência do locus A na população. Neste momento, não haviam populações não-indígenas no Brasil, logo, podemos deduzir que predominância genética do alelo a era maior na população europeia que chegou aqui.
O alelo B tem alta frequência na população indígena.
Falso. Vemos que no alelo B cresceu progressivamente com o passar do tempo e intensificação da colonização do Brasil. Este processo veio acompanhado com a diminuição das populações indígenas nativas.
O alelo B tem alta frequência na população africana.
Falso. O alelo B não pode ter alta frequência na população africana, pois em 1500 ainda não haviam africanos no Brasil, logo, o alelo B vem, majoritariamente, da população europeia.
O alelo A tem alta frequência na população indígena.
Verdadeiro. Em 1500, a população nativa do Brasil era indígena.
O alelo B tem alta frequência na população europeia.
Verdadeiro. Conforme o tempo passou, a imigração europeia ao Brasil aumentou, aumentado também a proporção de alelo B.