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REQUADRO
As HQs são conhecidas exatamente por esta marcante característica básica: este conjunto de linhas que delimitam o espaço de cada cena e constituem o quadrinho, esta moldura mais conhecida como requadro entre os profissionais da área.
Em algumas histórias, tais linhas podem ganhar formatos diferentes, chegam a ser circulares, trêmulas… Um formato mais anguloso ajuda na narrativa visual e deixa a leitura mais dinâmica, por exemplo. Até existem casos nas quais as linhas são existem efetivamente, o autor deixa ao leitor a tarefa de imaginá-las. É uma opção estética para a obra, implica em outros questionamentos, mas como estou a tratar do básico, então fiquemos com o requadro.
CALHA
Talvez nunca tenha parado pra pensar, mas em geral existe um vão entre um quadrinho e outro. É o que chamamos de calha. Ela pode ajudar a delimitar o tempo: mais larga, indica mais tempo entre um quadro e outro; se é mais curta indica uma ação mais rápida e contínua
BALÃO E RECORDATÓRIO
Tão amplamente conhecido como o requadro são os balões, esta figura que simboliza o ato da fala dos personagens, abrigando o texto da conversa. Os balões também podem ser desenhado de forma diferente, acumulando funções na HQ: linhas mais quadradas podem significa voz eletrônica, mais rabiscadas indicam de grito ou voz alta, aquelas que lembram nuvenzinhas constituem balões de pensamento e por aí vai…
Note que o balão tem um “rabicho”, de forma a apontar para um personagem para indicar precisamente ao leitor quem está falando, ou pensando.
Já o recordatório é um painel sem rabicho, usado normalmente pelo narrador para tratar de algo não visível no quadrinho. Em algumas histórias também é usado para apresentar pensamentos dos personagens (se o balão “nuvenzinha” representar uma quebra na harmonia da arte, por exemplo, como em HQs mais adultas).
Um parênteses: O uso de representação da fala é tão marcante para os quadrinhos que sua utilização pelo cartunista norte-americano Richard Outcault na série At the Circus in Hogan’s Alley, criada em 1895, é considedo como marco da criação dos quadrinhos. Embora não usasse balões, o personagem principal, Yellow Kid, o Garoto Amarelo, apresentava suas falas por meio de texto inserido em sua vestimenta. Claro que representação de histórias por meio de desenhos existem desde o tempo das cavernas – e mesmo aqui no Brasil tivemos um dos precursores das HQs, o italiano Angelo Agostini, que lançou seu Nhô Quim em 1869 na imprensa nacional – mas isso é conversa pra outra hora…
ONOMATOPEIA
Assim como o balão indica o som da fala, a onomatopeia é uma representação de um som ambiente, que for importante para o desenrolar da história.
Como não tem o rabicho, é desenhada bem próxima ao emissor do som. Assim, “TOC, TOC” indica o som de duas batidas na madeira, “CABRUM” uma explosão, “PLOFT” uma coisa caindo no chão e por aí vai. Normalmente vem acompanhada de algum incremento gráfico às letras, como nos exemplos acima.
DESENHO/ IMAGEM
É a desculpa clássica pra alguém se recusar a tentar fazer uma história em quadrinhos: “Não sei desenhar”. O que, em geral, não é bem verdade: estamos acostumados a rabiscar desde a infância embora a maioria pare de evoluir seu desenho depois de alguns anos. Mas ainda assim sabem tentar reproduzir o que vêem ou imaginam graficamente, nem que seja por esquemas e “homens palitinho”. Volta e meia, quando alguém não consegue se expressar com palavras pedem: “Desenha aí!”, não é verdade? Sem contar, que é possível produzir quadrinhos usando fotos ao invés de desenhos, ou mesmo colagens…
As Cobras, por Luís Fernando Veríssimo
Claro que, se o objetivo é uma qualidade profissional, você terá que treinar bastante, seja sozinho ou por meio de cursos específicos de quadrinhos. Mas aqui estou me atendo ao básico, a existência do desenho/imagem é fundamental, mas a sua qualidade estética é discutível (não é por que o desenho não parece uma foto que a HQ é ruim, vide o escritor Luís Fernando Veríssimo e sua genial tira das Cobras). Essa suposta qualidade do traço importa menos que o item a seguir, por exemplo.
As HQs são conhecidas exatamente por esta marcante característica básica: este conjunto de linhas que delimitam o espaço de cada cena e constituem o quadrinho, esta moldura mais conhecida como requadro entre os profissionais da área.
Em algumas histórias, tais linhas podem ganhar formatos diferentes, chegam a ser circulares, trêmulas… Um formato mais anguloso ajuda na narrativa visual e deixa a leitura mais dinâmica, por exemplo. Até existem casos nas quais as linhas são existem efetivamente, o autor deixa ao leitor a tarefa de imaginá-las. É uma opção estética para a obra, implica em outros questionamentos, mas como estou a tratar do básico, então fiquemos com o requadro.
CALHA
Talvez nunca tenha parado pra pensar, mas em geral existe um vão entre um quadrinho e outro. É o que chamamos de calha. Ela pode ajudar a delimitar o tempo: mais larga, indica mais tempo entre um quadro e outro; se é mais curta indica uma ação mais rápida e contínua
BALÃO E RECORDATÓRIO
Tão amplamente conhecido como o requadro são os balões, esta figura que simboliza o ato da fala dos personagens, abrigando o texto da conversa. Os balões também podem ser desenhado de forma diferente, acumulando funções na HQ: linhas mais quadradas podem significa voz eletrônica, mais rabiscadas indicam de grito ou voz alta, aquelas que lembram nuvenzinhas constituem balões de pensamento e por aí vai…
Note que o balão tem um “rabicho”, de forma a apontar para um personagem para indicar precisamente ao leitor quem está falando, ou pensando.
Já o recordatório é um painel sem rabicho, usado normalmente pelo narrador para tratar de algo não visível no quadrinho. Em algumas histórias também é usado para apresentar pensamentos dos personagens (se o balão “nuvenzinha” representar uma quebra na harmonia da arte, por exemplo, como em HQs mais adultas).
Um parênteses: O uso de representação da fala é tão marcante para os quadrinhos que sua utilização pelo cartunista norte-americano Richard Outcault na série At the Circus in Hogan’s Alley, criada em 1895, é considedo como marco da criação dos quadrinhos. Embora não usasse balões, o personagem principal, Yellow Kid, o Garoto Amarelo, apresentava suas falas por meio de texto inserido em sua vestimenta. Claro que representação de histórias por meio de desenhos existem desde o tempo das cavernas – e mesmo aqui no Brasil tivemos um dos precursores das HQs, o italiano Angelo Agostini, que lançou seu Nhô Quim em 1869 na imprensa nacional – mas isso é conversa pra outra hora…
ONOMATOPEIA
Assim como o balão indica o som da fala, a onomatopeia é uma representação de um som ambiente, que for importante para o desenrolar da história.
Como não tem o rabicho, é desenhada bem próxima ao emissor do som. Assim, “TOC, TOC” indica o som de duas batidas na madeira, “CABRUM” uma explosão, “PLOFT” uma coisa caindo no chão e por aí vai. Normalmente vem acompanhada de algum incremento gráfico às letras, como nos exemplos acima.
DESENHO/ IMAGEM
É a desculpa clássica pra alguém se recusar a tentar fazer uma história em quadrinhos: “Não sei desenhar”. O que, em geral, não é bem verdade: estamos acostumados a rabiscar desde a infância embora a maioria pare de evoluir seu desenho depois de alguns anos. Mas ainda assim sabem tentar reproduzir o que vêem ou imaginam graficamente, nem que seja por esquemas e “homens palitinho”. Volta e meia, quando alguém não consegue se expressar com palavras pedem: “Desenha aí!”, não é verdade? Sem contar, que é possível produzir quadrinhos usando fotos ao invés de desenhos, ou mesmo colagens…
As Cobras, por Luís Fernando Veríssimo
Claro que, se o objetivo é uma qualidade profissional, você terá que treinar bastante, seja sozinho ou por meio de cursos específicos de quadrinhos. Mas aqui estou me atendo ao básico, a existência do desenho/imagem é fundamental, mas a sua qualidade estética é discutível (não é por que o desenho não parece uma foto que a HQ é ruim, vide o escritor Luís Fernando Veríssimo e sua genial tira das Cobras). Essa suposta qualidade do traço importa menos que o item a seguir, por exemplo.
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Uma estrutura para narrativa vem desde os tempos dos gregos, com base no trabalho de Aristóteles e ao longo dos anos foi sendo adaptado por outros autores.
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