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O sistema de castas da Índia é uma divisão social importante na sociedade Hindu, não apenas na Índia, mas no Nepal e outros países e populações de religião Hindu. Embora geralmente identificado com o hinduísmo, o sistema de castas também foi observado entre seguidores de outras religiões no subcontinente indiano, incluindo alguns grupos de muçulmanos e cristãos. A Constituição Indiana rejeita a discriminação com base na casta, em consonância com os princípios democráticos e seculares que fundaram a nação. Barreiras de casta deixaram de existir nas grandes cidades, mas persistem principalmente na zona rural do país.
O sistema indiano de castas possui uma hierarquia bastante complexa e rígida, determinada a partir do nascimento e, tradicionalmente, passada de forma hereditária por pessoas que exerciam o mesmo trabalho que seus antepassados. A origem deste sistema permanece incerta, mas acredita-se que tenha surgido entre os anos 1500 a.C e 600 a.C, época em que foi elaborado uma espécie de código de conduta que designava diversos tipos de punições para um mesmo crime, mas cuja punição dependia da casta de cada um.
No topo do sistema de castas indiano há três castas: os brâmanes (religiosos e mestres), os xátrias (governantes, reis e guerreiros) e por último os vaixás (comerciantes). Em quarto lugar estão as castas mais baixas, chamadas de shudras e que corresponde aos trabalhadores braçais (COSTA, 2012, p.19). Estas quatro castas teriam surgido de várias partes do deus Brahma: da cabeça surgiram os brâmanes, dos braços os xátrias, de suas coxas os vaixás e de seus pés os shudras. Abaixo destes estavam os “intocáveis”, que são chamados dalits, grupo bastante oprimido pelas castas superiores e que ainda sofre diversos tipos de discriminação e perseguição, principalmente na Índia rural.