Respostas
respondido por:
0
1. Vingança
Os militantes do ISIS atribuem a desavença com o Ocidente a um passado distante: às sangrentas Cruzadas medievais, que espalharam terror pelo território islâmico. Mas, apesar dessa guerra religiosa ter sido mesmo marcante, na verdade, muçulmanos e cristãos conviveram pacificamente durante boa parte da história.
Só que os conflitos políticos entre os dois mundos se acirraram. Alguns árabes se ressentem da influência europeia e americana em suas questões nacionais – inclusive na delimitação das suas fronteiras, que foram definidas por França e Reino Unido após a 1ª Guerra. Sem falar da cobiça ocidental pela região, que é rica em petróleo, gás natural e pedras preciosas, o que resulta em frequentes invasões e investidas pela dominação do território.
Um dos objetivos do Estado Islâmico é dominar o Oriente Médio, impedindo que os países ocidentais continuem donos de tanto poder na região. Na época de Saddam Hussein, que governou o Iraque entre as décadas de 1980 e 2000, o país era uma das áreas mais poderosas e importantes do mundo árabe, graças às riquezas naturais e às vantagens de possuir um Estado laico. Quando os EUA invadiram o país, em 2003, alegando a existência de armas de destruição em massa, exigiram o desmembramento do exército local. Muitos desses soldados treinados, que entraram para diferentes grupos armados, hoje estão no Estado Islâmico. Natural que tenham os americanos em sua lista de inimigos a combater.
Mas por que tantas investidas contra a França? Milhões de muçulmanos residem na França e são tratados como cidadãos de segunda. Isso irrita essas pessoas. A maioria dos terroristas envolvidos no ataque a Paris eram franceses ou belgas, que são vizinhos da França. Outro motivo seriam os 200 bombardeios franceses a posições do ISIS no Iraque desde setembro de 2014. E, claro, valores. Os ataques de um Estado paralelo e totalitário ao berço do Iluminismo é simbólico: uma afronta à democracia moderna.
2. Dominação
O Estado Islâmico já é, de fato, um Estado. Não no sentido de país reconhecido pela ONU, mas como um espaço autônomo, com autoridades e leis próprias. A Constituição é a Sharia, sistema de leis baseado em uma interpretação estrita do Corão, livro sagrado do Islã. Isso significa que: ladrões pegos em flagrante devem ter suas mãos cortadas; crucificar é uma forma legítima de executar infiéis; mulheres de inimigos podem ser escravizadas; e estrangeiros só podem viver se pagarem impostos especiais e se admitirem ser inferiores aos muçulmanos. Isso tudo é lei nos domínios do ISIS.
O império deles é o califado, zona comandada desde 2014 por Abu Bakr al Baghdadi, líder que clama ser sucessor de Maomé. Ele não foi eleito, mas autoproclamado.
Atualmente, o Estado Islâmico domina um território que faz parte de Síria e Iraque. Segundo levantamento do exército dos EUA, a área ultrapassa 190 mil km² – aproximadamente o tamanho do Paraná. A intenção é só crescer. O ISIS não reconhece qualquer tipo de autoridade. Por isso, não hesita em invadir territórios de outros Estados.
Em seu livro Empire of Fear: Inside the Islamic State (Império do Medo: Por dentro do Estado Islâmico, não lançado no Brasil), o jornalista Andrew Hosken traça um mapa da área que eles pretendem dominar até 2020. O plano é conquistar todo o Oriente Médio, o norte da África e países europeus como Portugal e França.
Daqui a a 5 anos
Em 2020, o ISIS quer dominar toda esta área, que deve ser comandada pelo mesmo califa e reunir todos os muçulmanos do mundo. Atualmente, o Estado Islâmico se concentra entre a Síria e o Iraque.
Os militantes do ISIS atribuem a desavença com o Ocidente a um passado distante: às sangrentas Cruzadas medievais, que espalharam terror pelo território islâmico. Mas, apesar dessa guerra religiosa ter sido mesmo marcante, na verdade, muçulmanos e cristãos conviveram pacificamente durante boa parte da história.
Só que os conflitos políticos entre os dois mundos se acirraram. Alguns árabes se ressentem da influência europeia e americana em suas questões nacionais – inclusive na delimitação das suas fronteiras, que foram definidas por França e Reino Unido após a 1ª Guerra. Sem falar da cobiça ocidental pela região, que é rica em petróleo, gás natural e pedras preciosas, o que resulta em frequentes invasões e investidas pela dominação do território.
Um dos objetivos do Estado Islâmico é dominar o Oriente Médio, impedindo que os países ocidentais continuem donos de tanto poder na região. Na época de Saddam Hussein, que governou o Iraque entre as décadas de 1980 e 2000, o país era uma das áreas mais poderosas e importantes do mundo árabe, graças às riquezas naturais e às vantagens de possuir um Estado laico. Quando os EUA invadiram o país, em 2003, alegando a existência de armas de destruição em massa, exigiram o desmembramento do exército local. Muitos desses soldados treinados, que entraram para diferentes grupos armados, hoje estão no Estado Islâmico. Natural que tenham os americanos em sua lista de inimigos a combater.
Mas por que tantas investidas contra a França? Milhões de muçulmanos residem na França e são tratados como cidadãos de segunda. Isso irrita essas pessoas. A maioria dos terroristas envolvidos no ataque a Paris eram franceses ou belgas, que são vizinhos da França. Outro motivo seriam os 200 bombardeios franceses a posições do ISIS no Iraque desde setembro de 2014. E, claro, valores. Os ataques de um Estado paralelo e totalitário ao berço do Iluminismo é simbólico: uma afronta à democracia moderna.
2. Dominação
O Estado Islâmico já é, de fato, um Estado. Não no sentido de país reconhecido pela ONU, mas como um espaço autônomo, com autoridades e leis próprias. A Constituição é a Sharia, sistema de leis baseado em uma interpretação estrita do Corão, livro sagrado do Islã. Isso significa que: ladrões pegos em flagrante devem ter suas mãos cortadas; crucificar é uma forma legítima de executar infiéis; mulheres de inimigos podem ser escravizadas; e estrangeiros só podem viver se pagarem impostos especiais e se admitirem ser inferiores aos muçulmanos. Isso tudo é lei nos domínios do ISIS.
O império deles é o califado, zona comandada desde 2014 por Abu Bakr al Baghdadi, líder que clama ser sucessor de Maomé. Ele não foi eleito, mas autoproclamado.
Atualmente, o Estado Islâmico domina um território que faz parte de Síria e Iraque. Segundo levantamento do exército dos EUA, a área ultrapassa 190 mil km² – aproximadamente o tamanho do Paraná. A intenção é só crescer. O ISIS não reconhece qualquer tipo de autoridade. Por isso, não hesita em invadir territórios de outros Estados.
Em seu livro Empire of Fear: Inside the Islamic State (Império do Medo: Por dentro do Estado Islâmico, não lançado no Brasil), o jornalista Andrew Hosken traça um mapa da área que eles pretendem dominar até 2020. O plano é conquistar todo o Oriente Médio, o norte da África e países europeus como Portugal e França.
Daqui a a 5 anos
Em 2020, o ISIS quer dominar toda esta área, que deve ser comandada pelo mesmo califa e reunir todos os muçulmanos do mundo. Atualmente, o Estado Islâmico se concentra entre a Síria e o Iraque.
Perguntas similares
6 anos atrás
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás