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Há vários anos, a Sony investe em sua própria rede de lojas, tendência que também foi seguida por outras fabricantes de bens de consumo, como a Nike e a concorrente coreana Samsung, que abriu há cerca de dois anos uma loja-conceito no shopping Morumbi, em São Paulo. Atualmente, o grupo japonês possui 200 lojas com a bandeira Sony Style espalhadas pelo mundo. Só na Argentina são 10, nove em Buenos Aires e uma em Córdoba. Até agora, porém, o Brasil estava fora do mapa, sem contar com uma loja sequer. Isto vai mudar com a inauguração do shopping Cidade Jardim, o mais novo templo do luxo na capital paulista. O empreendimento, que abre suas portas no dia 7 de maio, abrigará a primeira Sony Style brasileira. A loja ocupará 800 metros quadrados. A culpa pela demora em abrir uma loja-conceito no Brasil não só da Sony, afirma Paulo Jaen, gerente de desenvolvimento de negócios da empresa no Brasil. "A Sony chegou a fazer estudos de ruas, mas foi difícil achar um ponto adequado. Em 2005, com as mudanças na lei de zoneamento (em São Paulo), ficou ainda mais complicado", explica o executivo. No entanto, a Sony não costuma ser mesmo muito rápida em trazer para o país as suas novidades globais. A recusa da marca japonesas em comercializar o videogame PlayStation no mercado brasileiro transformou-se em um caso clássico. E não será desta vez que os consumidores poderão adquiri-lo diretamente da Sony. Com a abertura da Sony Style, acrescenta ele, a empresa pretende acelerar os lançamentos. "Acredito que há espaço para outras lojas no país, mas não sabemos ainda quantas. Como esta será nossa primeira experiência no varejo brasileiro, vamos esperar para ver os resultados antes de abrir outras unidades", afirma Jaen. Embora comercialize os produtos, a loja-conceito desempenha um papel muito de marketing do que de vendas para a Sony. Na loja do shopping Cidade Jardim, o grupo irá mostrar, de uma maneira integrada, os seus aparelhos eletrônicos e os produtos da divisão de filmes e música. "A Sony é a única fabricante mundial que também produz conteúdo", diz Jaen. O momento também não poderia ser mais propício para a gigante japonesa, que acaba de vencer uma batalha crucial na guerra pelas imagens em alta definição. O Blu-Ray, padrão de DVDs em alta definição desenvolvido pela Sony em conjunto com outras empresas, venceu o padrão criado pela Toshiba, que decidiu no mês passado tirar o seu produto do mercado. No Brasil, o mercado de alta definição ainda só está engatinhando, mas os resultados da Sony no país são animadores, diz Jaen.