Respostas
CONCLUSÕES:
Sabe-se que o Estatuto do Idoso não irá eliminar de uma vez, nem definitivamente, as discriminações e violências praticadas contra a pessoa idosa. Ele surgiu como mais um instrumento de defesa e garantia de direitos das pessoas acima de 60 anos. Porém, nas classes menos favorecidas economicamente, a aplicação desses direitos mostra-se mais restrita. Isso se dá, entre outros fatores, pela falta de informação, que impede o exercício efetivo da cidadania, já que, como diz Neidsom Rodrigues, para o exercício desta, o individuo deve ter a capacidade de analisar e compreender a realidade, criticá-la e atuar sobre ela; pela falta de políticas públicas, uma vez que o Estado tem se mostrado incapaz de amparar as necessidades da população idosa.
Há uma distância entre o que garante o Estatuto e o que de fato ocorre. O governo, a sociedade e a família, de modo geral, não oferecem condições que assegurem qualidade de vida para essa população. Assim, a discussão da noção do exercício de direitos mostra-se fundamental no entendimento dessa classe para um reconhecimento social enquanto atores independentes e ativos.