• Matéria: Português
  • Autor: gubela
  • Perguntado 9 anos atrás

Dois Homens tramando um assalto

Luis Fernando Veríssimo

- Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamos rendê o caixa bonitinho. Engrossou, enche o cara de chumbo. Pra arejá.

- Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá.

- Tá com o berro aí?

- Tá na mão.

Aparece o guarda

- Ih, sujou, Disfarça, disfarça...

O guarda passa por eles.

- Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído pela fenomenologia de Feuerbach.

- Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18...

O guarda se afasta.

- O berro, tá cheio?

- Tá.

- Então vamlá.

VERISSIMO, Luis Fernando. O Estado de S. Paulo, 8 mar. 1998.

Agora vamos ao trabalho!

¿Este texto pode ser considerado veículo de cultura? justifique

¿Quais os dois aspectos culturais que você elencaria neste texto?

Respostas

respondido por: sula0207
75
Certamente o texto pode ser considerado um veículo de cultura, pois  nos mostra passagens e trechos de obras de autores consagrados concomitantemente à linguagens coloquiais do dia a dia cercadas de gírias .

Os dois aspectos culturais que podemos encontrar no texto , eu os elencaria da seguinte forma:
1) Linguagem informal, coloquial e cheia de gírias:
Exemplo:berro ( faz menção a revólver )
Mérmão: seria uma junção das palavras  Meu irmão numa linguagem de malandro.... outros exemplos é o não uso do r no final dos verbos....Ex: é só entrá e pegá
2) Linguagem formal e cheia de cultura:
Exemplo:Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído pela fenomenologia de Feuerbach, ou  ainda a passagem:Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18...
respondido por: milenamenezes206
0

Resposta:

marcelo Augusto Menezes de souza

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