Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro
Com que me encontrei:
O cru dessossego
Do pai fraco e cego,
Enquanto não chego
Qual seja, — dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.
Faça um resumo sobre esse conto
Respostas
Olá,
Juca Pirama narra a história de um guerreiro tupi que conduz o pai cego pela floresta. Quando este lhe pede comida e bebida, o filho, à procura de alimentos, cai prisioneiro dos timbiras.
Durante o ritual, num determinado momento, chamado de Canto de Morte, o prisioneiro deveria dizer quem era e se era um bravo. Foi nesse momento que o guerreiro tupi pediu que não fosse devorado, dizendo ser apoio de um pai cego.
Se fosse considerado bravo, ele seria devorado, porque os timbiras acreditavam que se fortaleceriam com a ingestão da carne do inimigo. Se fosse considerado covarde, seria libertado, porque temiam ingerir a fraqueza de um covarde.
Os timbiras entendem tratar-se de um covarde e o libertam, pois um guerreiro bravo não poderia chorar e pedir por piedade na hora da morte.
Libertado, o filho retorna ao pai. Este, ao saber que o filho chorara em presença da morte, maldiz o filho e o leva de volta à aldeia timbira para que seja devorado. Sozinho, o guerreiro tupi desafia todos os guerreiros timbiras, demonstrando, assim, sua coragem.
Espero ter ajudado!!!