• Matéria: Português
  • Autor: MilenaTorres31
  • Perguntado 8 anos atrás


Então, forasteiro,

Caí prisioneiro

De um troço guerreiro

Com que me encontrei:

O cru dessossego

Do pai fraco e cego,

Enquanto não chego

Qual seja, — dizei!


Eu era o seu guia

Na noite sombria,

A só alegria

Que Deus lhe deixou:

Em mim se apoiava,

Em mim se firmava,

Em mim descansava,

Que filho lhe sou.


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Respostas

respondido por: vitimhugoc
4

Olá,


Juca Pirama narra a história de um guerreiro tupi que conduz o pai cego pela floresta. Quando este lhe pede comida e bebida, o filho, à procura de alimentos, cai prisioneiro dos timbiras.


Durante o ritual, num determinado momento, chamado de Canto de Morte, o prisioneiro deveria dizer quem era e se era um bravo. Foi nesse momento que o guerreiro tupi pediu que não fosse devorado, dizendo ser apoio de um pai cego.


Se fosse considerado bravo, ele seria devorado, porque os timbiras acreditavam que se fortaleceriam com a ingestão da carne do inimigo. Se fosse considerado covarde, seria libertado, porque temiam ingerir a fraqueza de um covarde.


Os timbiras entendem tratar-se de um covarde e o libertam, pois um guerreiro bravo não poderia chorar e pedir por piedade na hora da morte.


Libertado, o filho retorna ao pai. Este, ao saber que o filho chorara em presença da morte, maldiz o filho e o leva de volta à aldeia timbira para que seja devorado. Sozinho, o guerreiro tupi desafia todos os guerreiros timbiras, demonstrando, assim, sua coragem.


Espero ter ajudado!!!

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