• Matéria: Português
  • Autor: higormassi945
  • Perguntado 7 anos atrás

Publicado na obra A rosa do povo (1945) e escrito em um momento histórico conturbado - ditadura Vargas no Brasil e Segunda Guerra Mundial -, o poema "A flor e a náusea" deixa transparecer o sentimento do eu lírico em relação a esse contexto. Com base nas três primeiras estrofes, responda:


a)- Como se caracteriza o ambiente e o tempo em que vive o eu lírico? Justifique sua resposta com palavras, expressões e versos do texto.


b)- Quais são os desejos do eu lírico nesse contexto? Justifique sua resposta com versos do texto.

Respostas

respondido por: brendaisis
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Olá!

Sobre o poema "A flor e a náusea", podemos afirmar que o eu lírico trata de como se sentia durante a ditadura presente no país, onde afirma que não houve justiça ainda com relação aos abusos e restrições impostos pelo Governo vigente, quando afirma: "Não, o tempo não chegou de completa justiça.

O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera."

O desejo do eu lírico é a liberdade de expressão e a liberdade de ir e vir da população, observado em:

"Nenhuma carta escrita nem recebida.

Todos os homens voltam para casa.

Estão menos livres mas levam jornais"

respondido por: camilafabiene29
33

Resposta:

a. Como se caracteriza o ambiente e o tempo em que vive o eu lírico? Justifique sua resposta com palavras, expressões e versos do texto.

Resposta: Triste, escuro, tenebroso, pessimista. "rua cinzenta", "melancolias", "O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.", "O tempo pobre", "os muros são surdos", "Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.".

b. Quais são os desejos do eu lírico nesse contexto? Justifique sua resposta com versos do texto.

Resposta: Instituir alguma mudança, falar com as pessoas, mudar o rumo do que vê. "Devo seguir até o enjoo?", "Posso, sem armas, revoltar-me?", "Em vão me tento explicar, os muros são surdos."

3. Nas estrofes de 4 a 7, o eu lírico fala sobre si mesmo.

a. O que se sabe do eu lírico por meio desses versos?

Resposta: Que tem em torno de 40 anos de idade, que reflete sobre os crimes que vê, que passa por um momento de perturbação, que em 1918 era um menino considerado anarquista, que se salva e dá esperança às pessoas com seu próprio ódio.

b. Levante hipóteses: Essas características permitem associar o eu lírico a quem?

Resposta: Ao próprio poeta Carlos Drummond de Andrade. Professor: Retome o boxe da biografia de Drummond com os alunos para estabelecer as relações.

4. As três últimas estrofes falam sobre o nascimento de uma flor.

a. Levante hipóteses: Por que esse acontecimento é tratado como fora do comum no contexto do poema?

Resposta: Porque o momento e a atmosfera descritos no poema não são favoráveis ao nascimento de uma flor, especialmente no meio do asfalto.

b. Como o eu lírico descreve a flor que nasceu? O que há de inesperado nessa descrição?

Resposta: Desbotada, sem cor, com pétalas fechadas, de nome desconhecido, feia. Em geral, especialmente na poesia, a flor é associada ao colorido, à beleza.

c. Quais sentimentos essa flor desperta no eu lírico? Justifique sua resposta com versos do poema.

Resposta: Surpresa, empatia, solidariedade. "Uma flor nasceu na rua!", "garanto que uma flor nasceu.", "Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde", "e lentamente passo a mão nessa forma insegura."

d. Discuta com os colegas e o professor e conclua: Qual sentido maior se pode atribuir ao nascimento dessa flor, levando em consideração todo o contexto de produção do poema? Indique o verso que resume essa ideia.

Resposta: A flor pode ser associada à esperança em um futuro melhor, que renasce aos poucos, ainda tímido, em meio às condições adversas vividas naquele momento histórico. Essa ideia é sintetizada no último verso: "É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.".

Explicação:

Espero ter ajudado!

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