Uma mulher jovem é levada ao departamento de emergência por uma ambulância depois de um grave acidente automobilístico. Ela está inconsciente. Sua pressão arterial é de 64/40 mmHg; a frequência cardíaca é de 150 bpm. Ela é entubada e ventilada manualmente. Não há evidência de traumatismo craniano. Suas pupilas têm 2 mm e estão reativas. Ela reage à dor. O exame do coração não revela sopros, galopes ou atritos. Os pulmões estão limpos à ausculta. O abdome está tenso, com ruídos intestinais diminuídos. As extremidades estão frias e pegajosas, com pulsos filiformes. Apesar da reposição intensa de sangue e líquidos, a paciente morre, qual o nome do disturbio hemodinamico que ela apresenta?
Respostas
Olá!
A mulher apresentou o distúrbio hemodinâmico chamado choque hipovolêmico.
O choque hipovolêmico é uma condição clínica em que há uma perda repentina de grande quantidade de sangue e/ou fluídos corporais, seja por hemorragias ou pela perda de líquidos e eletrólitos.
Como há uma redução drástica do volume sanguíneo, ocorre uma diminuição do débito cardíaco, fazendo com que coração passe a bombear o sangue com mais dificuldade. Na tentativa de conservar o volume sanguíneo, uma cascata de reações é acionada no organismo, ativando as respostas cardiovasculares, hematológicas, respiratórias e neuro-hormonais.
Dos sistemas ativados, o sistema hematológico irá agir de forma a contrair os vasos sanguíneos a fim de impedir uma maior perda do volume sanguíneo. Assim, por causa da vasoconstrição e da redução do volume dos líquidos corporais, a pressão arterial cairá ao ponto de ultrapassar a média inferior de 90mm/Hg, caracterizando um pulso fino e taquicárdico, além de pele fria e pegajosa.
Devido à moça ter apresentado abdome rígido, podemos pensar que ela enfrentou um choque traumático, em que houve sangramento interno.