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Em 15 de abril é comemorado o Dia da Conservação do Solo. A data é uma homenagem ao nascimento de Hugh Hammond Bennett (15 de Abril de 1881 – 7 de Julho de 1960), considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o criador do Serviço de Conservação de Solos americano. No Brasil, celebra-se a data desde 1989, para fazer com que todos se lembrem da importância de mantermos saudável esse recurso natural que é fundamental para produção de alimentos, manutenção da floresta, produção da água, entre tantos outros serviços ecossistêmicos, que são oferecidos gratuitamente pela natureza. E também é um convite à reflexão sobre como temos tratado esse recurso tão importante.
As atividades humanas têm impactado crescentemente a conservação dos solos. Retirada de florestas e a utilização da terra para agricultura e pastagem são apenas algumas das ações que modificam a sua estrutura e todo o equilíbrio ambiental, e afetam não só animais e florestas como os próprios homens. O exemplo mais visível disso ultimamente tem sido a questão urgente da água. A escassez do recurso, seja aqui no Brasil e ou em outras partes do mundo, invariavelmente tem uma coisa em comum: o mau uso do solo, provocando seu desgaste e erosão, retirando dele a capacidade de renovação. Ao ficar exposto aos efeitos climáticos, sem cobertura vegetal e sem o manejo adequado, o solo não cumpre efetivamente com a sua função básica de “produzir” água: garantir a infiltração da água e recarregar o lençol freático, que alimenta as nascentes e os rios, que, por sua vez abastecem reservatórios.
Nesse ciclo, é importante ressaltar que as florestas também desempenham um essencial papel para a recarga hídrica dos sistemas de abastecimento, pois conferem uma infiltração mais lenta e limpa da água da chuva no solo. A ausência de cobertura florestal é extremamente prejudicial, principalmente em APPs – Áreas de Preservação Permanente pela inerente característica de estarem associadas aos recursos hídricos, já que funcionam como matas ciliares (que protegem o solo das margens de rios e nascentes, retendo mais água e impedindo o assoreamento dos rios). Assim, solo, floresta e água trabalham em conjunto, da mesma forma que influenciam clima, produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade. Isso somente comprova o quanto a nossa vida está interligada à natureza e que tudo acontece de forma cíclica e conectada.