Texto para as questões 19 e 20VIAGEM INTERIOR DE KEROUACAdaptações literárias representam um risco enorme e Walter Salles sabe bem disso. Seu longa de estreia, "A Grande Arte" (1992), não escapou do fiasco apesar de roteirizado pelo mesmo Rubem Fonseca, que escreveu o livro. Na década seguinte, Salles foi ainda mais ousado, dessa vez com melhor resultado, ao adaptar para o sertão nordestino a prosa de Ismail Kadaré, cujo primoroso romance "Abril Despedaçado" se passava nas montanhas da Albânia. Em 2004, ele trabalhou com o roteirista porto-riquenho Jose Rivera em "Diários de Motocicleta", baseado nas notas de viagem de Che Guevara e nas memórias de Alberto Granado.A experiência bem-sucedida fez com que a parceria com Rivera fosse reeditada em mais um road movie, só que as semelhanças entre "Diários" e "Na Estrada", dois filmes sobre jovens amigos aventureiros, são menores do que parecem. Enquanto em um, suas vidas são mudadas para sempre pela paisagem humana da America Latina, no outro, as estradas norte-americanas servem apenas como rota de fuga e deslocamento, jamais como elemento transformador. É justamente este um dos aspectos que mais pode desagradar aos cultuadores da obra de Kerouac: ao condensar o livro, o roteiro deixou de lado boa parte dos momentos em que se bota o pé na estrada.Marcelo Janot, O Globo,13/7/2012. Adaptado.19De acordo com o texto, é correto afirmar sobre a produção cinematográfica de Walter Salles:A O principal motivo do insucesso de "A Grande Arte" foi a adaptação em que se baseou esse filme.B Os cenários de "Diários de Motocicleta" e de "Na Estrada"constituem uma das poucas semelhanças entre esses filmes.C No filme "Na Estrada", ao contrário do que ocorreu em "Diários de Motocicleta", as personagens sào pouco influenciadas pelas experiências que vivem.D O filme "Na Estrada" foi a primeira experiência do cineasta, no gênero road movie.E Depois do filme "A Grande Arte", o cineasta evitou utilizar roteiros adaptados de obras literárias para náo correr riscos.
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Resposta letra C
No filme “Na Estrada”, obra adaptada para os cinemas, a analise diz que diferentemente do filme “Diários de Motocicleta", os personagens usam as estradas apenas como rota de fuga, a estrada não é um elemento que agrega nada a obra.
No filme “Diários de Motocicleta” há maior envolvimento dos personagens como a paisagem humana do local em que vivem suas histórias, a América Latina.
As críticas ao filme “Na Estrada” são referentes ao roteiro adaptado que acabou deixando de fora as paisagens e vivencias que que aparecem no livro.
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