3)
Leia o trecho do texto a seguir:
Alguns argumentos estruturalistas parecem supor que o crítico identifica os códigos "adequados" à decifração do texto e em seguida os aplica, de sorte que os códigos do texto e os códigos do leitor convergem gradativamente para um conhecimento unitário [...] Ao aplicarmos um código ao texto, podemos verificar que ele sofre revisão e transformação no processo de leitura; continuando a ler com esse mesmo código, descobrimos que ele produz agora um texto "diferente", que por sua ver modifica o código pelo qual o estamos lendo, e assim por diante. Esse processo dialético é, em princípio, infinito. Assim sendo, elimina qualquer suposição de que uma vez identificado o código adequado ao texto, a tarefa está concluída. Os textos literários são "produtores de códigos": eles podem nos ensinar novas maneiras de ler, e não apenas reforçar as já existentes.
(EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p.188).
Com base no trecho lido, entende-se que o texto literário é:
Selecione uma alternativa:
a)
Produtor e transgressor do código no qual se insere.
b)
Produtor do código o qual o leitor deve decifrar.
c)
Produtor de um código finito e imutável.
d)
Produtor do reforço ao código fixo no qual se insere.
e)
Produtor da verdade à qual o leitor se relaciona.
Respostas
respondido por:
6
É ao mesmo tempo produtor e transgressor (a). O processo de decodificação vem embasado em um horizonte de expectativas que envolve tanto o produtor quanto o leitor, mas durante a leitura o horizonte é o tempo todo checado e movido.
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