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Ao Mestre Com Carinho: a história relata o dia-a-dia de um professor negro que veio de uma colônia britânica da América, era engenheiro e não propriamente professor, lecionando para uma turma de adolescentes rebeldes numa escola pública da periferia de Londres. Observamos o esforço de um educador em uma comunidade carente ele não fala mal dos alunos, não reclama do salário, não toma educação como um fim, por ser um profissional do “mundo externo” à escola, ele pode ver a escola como um meio, preparando os alunos para a vida – chega a ensinar-lhes a fazer salada, nega-lhes a imagem de um professor tradicional, trata-os como adultos e não crianças.
Complexos de Édipo: no centro do “Id”, determinando toda a vida psíquica, encontra-se o que Freud denominou de complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. É esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud atribui o complexo de Édipo as crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se os relacionamentos prévios com os pais fossem relativamente amáveis e não traumáticos, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estagio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares à vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto também tem sua parte no processo de gerar o complexo de Édipo. Freud dá vazão ao fato do superego variar no tempo: “O passado, a tradição da raça e do povo, vive nas ideologias do superego e só lentamente cede as influências do presente, no sentido de mudanças novas; e, enquanto opera através do superego, desempenha um poderoso papel na vida do homem, independente de condições econômicas”.
O Complexo de Édipo : é evidenciado em algumas cenas: Os alunos não conheciam o professor e já não gostavam dele. Inconscientemente a Relação Primária, onde o “superego” coloca os limites para o “Id” e o “Ego” tenta satisfazer os dois, ou seja, a figura de autoridade dos cuidadores são reeditadas no professor que sempre representava para eles a autoridade. É evidenciado novamente na aluna Pamela, ela deseja o professor, vê nele a figura do pai que tanto venera, ou seja, relação primária onde o pai é o herói. Ela não gosta da mãe porque representava autoridade.
O Complexo de Édipo e a Transferência negativa: são evidenciados simultaneamente quando o aluno Seales (negro) é remetido à relação objetal, inconscientemente. Ele também vê no professor a figura do pai que tanto odeia (a relação primária não transcorreu normalmente). É também evidenciada na sala de aula quando o professor pergunta a uma aluna se ela falava daquela forma com seu pai, ferozmente ela responde que ele não era o maldito pai. Ambos não “enxergavam” o professor e sim dentro dele, remetendo-os a Relação Primária.