Respostas
A questão da segurança da assistência aos pacientes nas instituições parece um assunto tão óbvio e incorporado ao cotidiano que, quando noticiada pela mídia a ocorrência de erros na assistência à saúde, como cirurgias em locais e pacientes errados e superdosagens de medicações, entre outros, a reação é de perplexidade. Entretanto, apesar do cuidado em saúde trazer enormes benefícios a todos os envolvidos, a ocorrência de erros é possível, e os pacientes podem sofrer graves consequências, até mesmo o óbito.
Melhorias específicas em áreas problemáticas da saúde, descrevendo soluções baseadas em provas e especialistas na área. São elas: 1. Identificar os pacientes corretamente; 2. Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais da assistência; 3. Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância (high-alert medications); 4. Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto; 5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde e 6. Reduzir o risco de lesões aos pacientes, decorrentes de quedas.
Em 2010, o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP) e a Rebraensp - polo São Paulo - lançaram uma cartilha com os “10 passos para a segurança do paciente” com a intenção de contemplar os principais pontos que impactam diretamente a prática assistencial de enfermagem. São eles: 1. Identificação do paciente; 2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 3. Cateteres e sondas – conexões corretas; 4. Cirurgia segura; 5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 6. Paciente envolvido com sua própria segurança; 7. Comunicação efetiva; 8. Prevenção de queda; 9. Prevenção de úlcera por pressão e 10. Segurança na utilização de tecnologia (REBRAENSP, 2013). Observa-se que várias iniciativas foram adotadas no mundo e no Brasil, visando à segurança do paciente, entretanto faz-se necessária uma maior sistematização da aplicação das melhores práticas em prol da segurança do paciente, de forma que elas sejam eficazes e não fiquem, somente, como projetos não aplicados, pois, senão, os esforços serão desperdiçados
A noção de que o profissional de saúde não erra está disseminada na sociedade e, particularmente, entre os profissionais de saúde, pois, desde a graduação, tem-se a errada percepção que os “bons profissionais não erram”, ou que “basta ter atenção que não há erro ”, mas poucos se dão conta de que errar é humano (REASON, 2000)