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A Guerra do Pacífico refere-se ao teatro de guerra do Pacífico (incluindo as ilhas, o Sudeste e o Sudoeste da Ásia) na Segunda Guerra Mundial, a Segunda Guerra Sino-Japonesa (na qual se insere o conflito sovieto-japonês de 1945).[1]
O conflito, que teve a duração de quase oito anos, envolveu principalmente o Japão, a China, os Estados Unidos, o Reino Unido (incluindo a Índia, Fiji, Samoa, etc.), a Austrália, a Commonwealth das Filipinas, Malásia, a Tailândia, a Birmânia, a Índia, os Países Baixos (como possessor das Índias Neerlandesas Orientais e da parte ocidental da Nova Guiné) e a Nova Zelândia. Também tomaram parte do conflito, entre muitos outros países (especialmente colônias britânicas) a França Livre, o Canadá, o México e a União Soviética - esta última, apenas nos últimos meses do conflito, após o fim da guerra na Europa, em maio de 1945.
A República da China e a Coreia não apoiaram os Aliados diretamente. Mas o Império Japonês enfrentou constantes rebeliões nesses países, além da guerrilha chinesa e os piratas coreanos.
A Guerra do Pacífico começa como um conflito localizado - a guerra sino-japonesa -, deflagrado pela invasão e ocupação japonesa da China, em 1937. A partir de 7 a 8 de dezembro de 1941, há uma generalização do conflito, com a invasão da Tailândia pelo Japão, [2] para, posteriormente, invadir a Malásia (possessão britânica), e o ataque japonês à base naval norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí.[3][4][5][6]
Alguns autores consideram que o conflito na Ásia remonte a 7 de julho de 1937, começando com a Segunda Guerra Sino-Japonesa ou mesmo em 19 de setembro de 1931, com a invasão japonesa da Manchúria.[7] Todavia, é mais amplamente aceito que a Guerra do Pacífico tenha propriamente começado em dezembro de 1941 - início da Guerra Sino-Japonesa -, transformada em guerra regional após quatro anos de conflito sino-japonês, e passando a compor o quadro da Segunda Guerra Mundial.[8][9]
Pode-se, ainda, dividir a Guerra do Pacífico em duas etapas. A primeira, entre 1937 e junho de 1942, quando o Japão se manteve na ofensiva e foi vitorioso na ocupação de grande parte do território chinês e também na destruição da frota americana em Pearl Harbor, assim como na tomada de Hong Kong e Singapura, na invasão e ocupação da Tailândia, Birmânia, Malásia, Filipinas, Nova Guiné, Índias Orientais Holandesas, Ilhas Salomão e das bases americanas de Guam e Wake.
A segunda etapa teria seu início com a vitória da marinha e da aviação norte-americana na Batalha de Midway, o que impediu o desembarque das tropas japonesas no atol e resultou na destruição dos principais porta-aviões do Japão. A ofensiva passou, então, para os Aliados, que, nos três anos seguintes reconquistariam todos os territórios tomados, através de grandes batalhas terrestres e navais (Guadalcanal, no Mar de Coral, Tarawa, Golfo de Leyte, Filipinas, Saipan, Iwo Jima e Okinawa). Afinal, as explosões nucleares realizadas pelos Estados Unidos, em Hiroshima e Nagasaki, levaram à rendição incondicional do Império Japonês, em 2 de setembro de 1945.