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"Dirigido por F. Gary Gray, o novo filme revela o rumo do grupo após os eventos de Velozes & Furiosos 7. Com a aposentadoria de Brian (interpretado pelo saudoso Paul Walker) e Mia, o grupo está livre para seguir os seus próprios passos. Dom Toretto (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) seguem para Cuba para aproveitarem a tão merecida lua de mel. Tudo vai a mil e uma maravilhas, até que uma nova figura surge para atrapalhar tudo e trazer o grupo de volta à ativa, mas não de um jeito muito bom. Estou falando Cipher (Charlize Theron), uma cyber terrorista capaz de hackear até os seus pensamentos, uma mulher considerada uma lenda que ninguém acreditava que fosse real, afinal, ela sempre foi procurada, mas nunca foi vista. Ela chantageia Dom da pior/melhor forma possível, afinal, o que Dom mais preza se não a família? Há uma informação essencial nessa história e só assistindo para vocês saberem. Assim, Dom se vê obrigado a se rebelar completamente para o lado negro da força, traindo seus amigos para ajudar Cypher a alcançar o seu grande objetivo. Agora, são todos contra um, ou seja, os velhos e bons amigos terão que se reunir não só para impedir a vilã, mas também para trazer Dom de volta antes que ele possa ir para um caminho em alta velocidade e sem volta.
O filme esforça em mostrar qualidade no roteiro, mas, mesmo assim, ele fica a desejar. Os diálogos são fracos e há momentos em que a fala é totalmente desnecessária, uma vez que os elementos visuais, a situação e as expressões faciais dos personagens já nos dizem exatamente o que está acontecendo. A palavra é totalmente dispensável nessas horas.
O roteiro pode não ser 100% bom, mas no quesito efeitos especiais, tiro, porrada e bomba, Velozes & Furiosos 8 tira de letra e deixa os fãs muito felizes. Confesso que não sou fã da saga e somente vi o sétimo filme. Na época, critiquei demais pelo fato de ter assistido com a mente fechada e esperando algo muito complexo. Essa não é a ideia da franquia. Pelo menos, não mais. Por isso, deixei de lado a parte intelectual e me diverti com o filme, e sugiro que você faça o mesmo. Esqueça as regras da física e da química e aceite as coisas mais absurdas que podem acontecer como chuva de carros, carros zumbis, carros em alta velocidade em meio ao fogo, perseguição de submarino no gelo, fortões acabando com quatro ou cinco policiais com apenas um soco, mocinho virando vilão, vilão virando mocinho e por aí vai. O filme acerta no timing cômico e faz o público rir diversas vezes com os personagens fazendo piadas bem feitas. Eu não estou falando da boca pra fora, eu realmente dei muita risada com o filme.
Outro acerto é que a trama não foca somente em Dom, dando espaço equilibrado para os demais, como Hobbs (Dwayne Johnson) e Deckard (Jason Statham), o lado forte e sentimental de Letty, a inteligência e o pensamento rápido de Tej (Ludacris) e Ramsey (Nathalie Emmanuel), o lado engraçado e verdadeiro de Roman (Tyrese Gibson) e, é claro, toda a vilania de Cipher.
Acho que ninguém imaginou que, um dia, veriam Charlize Theron em Velozes & Furiosos, mas esse dia chegou e o seu papel é executado com êxito. Charlize incorpora uma vilã inteligente e fria no ponto certo. Você não consegue sentir tanta raiva dela, pelo contrário, você gosta de vê-la desafiando todos os personagens e levando-os ao limite. Isso empolga e até faz o público esquecer que o filme tem duração de 2h15 minutos, o que eu achei muito pra falar a verdade, mas vale a pena.
Não posso deixar de falar dos personagens recém-adicionados na franquia como Mr. Nobody, interpretado por Kurt Russell e Mr. Nobodyzinho, papel de Scott Eastwood. Os personagens são bons, mas ainda não apresentam nada de tão especial. Acredito que eles irão evoluir na história caso a franquia ganhe mais filmes. Além disso, temos a participação especial de Helen Mirren que faz uma ponta especial e muito importante na trama. Não vou dizer mais do que isso, pois tiraria totalmente a graça do filme. Assista para descobrir o que sua personagem faz. É bem interessante. "
Resenha tirada de pipocanamadrugada.com.br/site/resenha-velozes-furiosos-8/