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A dúvida filosófica propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação racional para algo da existência humana que se tornou incompreensível ou cuja compreensão existente não satisfaz. Geralmente são temas para os quais não há resposta única ou para os quais a mente humana sempre retorna. Por exemplo, quem já não se fez, mesmo intimamente, a pergunta "Por que tanta maldade?" ao saber de mais uma das atrocidades, aparentemente inexplicáveis, de que alguns seres humanos (ou desumanos) são capazes? Tal questão conduz a outras, mais básicas e fundamentais, como "O que é o mal?", "O que é o ser humano?", "É da essência do ser humano ser mal?", "É da essência do ser humano ser bom?" etc.
A dúvida verdadeiramente filosófica é aquela que favorece, portanto, o exercício fecundo da inteligência, do espírito, da razão sobre questões teóricas importantes para todos nós (e que costumam ter uma incidência prática enorme em nossas vidas, sem que nos demos conta disso).
Por que a dúvida filosófica propicia um exercício fecundo da razão? Porque nela se adota - para início de conversa- a suspensão do juízo: assim se denomina a interrupção temporária do fluxo normal de ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto. Para quê? Para poder reunir o maior número de antecedentes ou conhecimentos fundamentais com relação a esse assunto e só então formular uma opinião, um juízo a seu respeito, agora bem estruturado e justificado.
A dúvida filosófica não é, portanto, ociosa, não é uma especulação vazia ou fútil, nem constitui uma prática meramente destrutiva, um questionar por questionar, uma chatice de quem não tem o que fazer ( o chamado "espírito de porco"). A pessoa que a pratica visa se articular racionalmente no sentido de construir uma explicação sólida e bem fundamentada, um conhecimento claro e confiável sobre o tema que é objeto de sua preocupação.
A dúvida verdadeiramente filosófica é aquela que favorece, portanto, o exercício fecundo da inteligência, do espírito, da razão sobre questões teóricas importantes para todos nós (e que costumam ter uma incidência prática enorme em nossas vidas, sem que nos demos conta disso).
Por que a dúvida filosófica propicia um exercício fecundo da razão? Porque nela se adota - para início de conversa- a suspensão do juízo: assim se denomina a interrupção temporária do fluxo normal de ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto. Para quê? Para poder reunir o maior número de antecedentes ou conhecimentos fundamentais com relação a esse assunto e só então formular uma opinião, um juízo a seu respeito, agora bem estruturado e justificado.
A dúvida filosófica não é, portanto, ociosa, não é uma especulação vazia ou fútil, nem constitui uma prática meramente destrutiva, um questionar por questionar, uma chatice de quem não tem o que fazer ( o chamado "espírito de porco"). A pessoa que a pratica visa se articular racionalmente no sentido de construir uma explicação sólida e bem fundamentada, um conhecimento claro e confiável sobre o tema que é objeto de sua preocupação.
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