4. A quebra dos versos não segue a lógica natural das frases. Por exemplo, o primeiro verso poderia terminar na palavra casulo, mas terminou em azul, que é o início de uma nova oração. Que efeito de sentido essa quebra antinaturap provoca no poema ?
Respostas
Essa questão se refere ao poema "Inferno", de Arnaldo Antunes.
Segue uma foto em anexo.
A quebra antinatural dos versos provoca ambiguidade e multiplicidade de sentidos, pois o último elemento de cada verso também parece pertencer à oração anterior.
Quando lemos "não sai da treva, a terra/ não semeia...", o elemento "terra" também parece estar ligado à oração anterior. Logo, o verso obtém dois sentidos: "a terra não sai da treva" e "a terra não semeia".
A intenção do autor é justamente essa: dar mais de uma possibilidade de sentido aos versos
Da mesma forma, temos "não semeia, o sêmen/ não sai do escroto". Pode-se entender: o sêmen não semeia / o sêmen não sai do escroto.
Resposta:
A quebra antinatural dos versos provoca ambiguidade e multiplicidade de sentidos, pois o último elemento de cada verso também parece pertencer à oração anterior.