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A Grécia e a beleza ideal Foi no período de ascensão de Atenas, no século V a.C., que os gregos passaram a ter uma percepção mais clara do belo estético. Ocorria, então o desenvolvimento das artes, especialmente da pintura e da escultura cujas imagens representavam a Beleza ideal. O corpo humano belo era aquele que mostrava harmonia e proporção entre as partes. Beleza passou a ser identificada com proporção. Nascia uma matemática das proporções do corpo humano. Mais tarde, no século I a.C., Vitrúvio, exprimiu as justas proporções corporais em frações da figura inteira: a face devia ter 1/10 do comprimento total, a cabeça, 1/8, o comprimento do tórax ¼ etc. E o que era belo? Segundo Richard Sennet, historiador norte-americano, para os gregos antigos, a beleza não estava no corpo feminino. A beleza era qualidade do corpo masculino mais especialmente do homem rico, másculo e grego. Afinal, naquela sociedade, somente o homem tinha direito à cidadania, isto é, à vida política. E isso fazia parte da atribuição do belo. A beleza grega exaltava o corpo masculino que era exposto nu nos ginásios. Nestes locais, os homens exercitavam-se para modelar o corpo, preparavam-se atletas para os jogos olímpicos e treinavam-se soldados. O aprendizado de gramática, poesia, retórica e filosofia – necessárias para o exercício da vida política – completavam a educação masculina e harmonizavam mente e corpo.