Quais são os fatores do surgimento do intraempreendedorismo

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respondido por: daianemendesdapdn61f
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O presente trabalho intitulado “Os fatores influenciadores do intraempreendedorismo no
profissional de secretariado” pretende identificar quais os fatores que influenciam o
desenvolvimento de intraempreendedorismo deste profissional, dentro de uma organização e
enquanto exerce a sua atividade.
Contextualização e objetivo do estudo
Atualmente, a capacidade das empresas para mudar, melhorar e criar valor torna-se cada vez
mais importante, devido à rápida evolução tecnológica, à crise económica/financeira e ao aumento
da concorrência internacional. Para algumas empresas, o processo de identificação e exploração
de oportunidades constitui um problema menor enquanto outras experimentam dificuldades
graves, o que pode prejudicar o seu desempenho (Rigtering & Weitzel, 2013).
Nas últimas décadas, a literatura sobre empreendedorismo e gestão tem dado cada vez mais
atenção ao empreendedorismo dentro das organizações. Este fenómeno é geralmente designado
de "intraempreendedorismo" ou "empreendedorismo corporativo" (Bosma, Stam, & Wennekers,
2010). A clarificação de cada um destes termos foi estudada por Sharma e Chrisman (1999) e
será revista, ainda que de forma breve, ao longo deste trabalho. Verifica-se que os conceitos são,
sobretudo, utilizados alternadamente (ex.: “meaning that concepts from both terms will be used
interchangeably” (Stefanovici, 2012, p. 4); “corporate entrepreneurship which is often also referred
to as intrapreneurship” (Rigtering & Weitzel, 2013, p. 338), como se de sinónimos se tratassem.
Esta dissertação seguirá este exemplo.
A partir de 1980, o intraempreendedorismo veio oferecer uma forma de responder aos desafios
dos negócios. Este caracteriza-se por ser um sistema revolucionário para causar e/ou acelerar a
inovação dentro das empresas, maximizando o talento empreendedor das mesmas. De acordo
com Pinchot (1985), os intraempreendedores fazem toda a diferença entre o sucesso e o fracasso
da organização. Tiwari (2014) acrescenta que um processo contínuo de inovações, suportado pelo
intraempreendedorismo, pode levar a empresa a um nível de excelência sustentada.
Inicialmente, o conceito original restringia o intraempreendedorismo a uma prática de
desenvolvimento de um novo projeto/negócio dentro de uma organização para explorar uma nova
oportunidade e criar valor económico. Os intraempreendedores podiam introduzir novos produtos,
processos ou serviços que, por sua vez, permitiam à empresa, como um todo, crescer e lucrar
(Pinchot, 1985).
Com o passar do tempo, outros autores contribuíram para a definição deste conceito,
caracterizando-o como um processo dentro de uma empresa existente, independentemente do
seu tamanho que, para além de incluir novos investimentos de negócios, também se refere a outras atividades e orientações inovadoras, por exemplo: o desenvolvimento de novos produtos,
serviços, tecnologias, técnicas administrativas, estratégias e posturas competitivas (Antoncic &
Hisrich, 2001). Neste trabalho, o intraempreendedorismo é encarado a partir desta perspetiva mais
flexível e alargada.
Ainda que os intraempreendedores beneficiem do uso dos recursos da empresa na
implementação de ideias, existem vários motivos que justificam que a inovação é difícil de
implementar numa organização (Malek & Ibach, 2004; citado por Maier & Zenovia, 2011), como
por exemplo: a) tamanho - quanto maior a organização, mais difícil é ter uma visão geral das
ações de cada colaborador; b) falta de comunicação - especialização e separação ajudam a
concentração nas áreas de interesse, mas é mais difícil comunicar; c) competição interna - as
pessoas podem evitar a partilha de conhecimento, pois todos querem manter a informação para si;
d) feedback recebido em caso de sucesso/erro - custos grandes em caso de falha e recompensas
pequenas para bons resultados; e) aborrecimento - muitas empresas são relutantes à mudança e,
desta maneira, os intraempreendedores colidem com a mítica frase "sempre fiz isto deste modo",
o que deixa um espaço reduzido ou nulo para a criatividade; f) hierarquias - obrigam os
funcionários a pedir permissão para desenvolver ações. Quanto mais complexa a hierarquia, mais
difícil é impor mudanças (Maier & Zenovia, 2011).
Na realidade, o intraempreendedorismo pode ser estudado a partir de duas grandes vertentes: a
pessoa/indivíduo (aspetos internos) e a organização (aspetos externos). De acordo com Tiwari
(2014), ambos são elementos fundamentais para a criação e sustentabilidade de um ambiente
intraempreendedor na organização.
respondido por: LuizzCruzz
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Por isso, as organizações buscam colaboradores que possam oferecer um “algo mais” para a elas, pessoas dedicadas que trabalhem como verdadeiros sócios do negócio. Que ofereçam opções diferenciadas de investimento para novos negócios, tornando a empresa ainda mais competitiva no médio e longo prazo. Este modelo de colaborador é chamado de intraempreendedor.

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