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Fundado em 1922, o PCB fortalece-se apenas no final da década, ao intensificar sua participação nas campanhas eleitorais e penetrar no meio do proletariado urbano e do trabalhador rural. Após a Revolução de 1930 recebe a adesão de militantes e líderes tenentistas, entre eles o ex-capitão Luís Carlos Prestes e muitos de seus companheiros da Coluna Prestes. Depois de uma estada na URSS, Prestes retorna ao Brasil e participa da direção do partido em 1934.
Aliança Nacional Libertadora – Com o crescimento do fascismo na Europa e do integralismo no Brasil, as lideranças políticas democráticas e de esquerda decidem reproduzir no país o modelo das frentes populares européias. Com essa meta, em março de 1935 é criada no Rio de Janeiro a Aliança Nacional Libertadora (ANL), reunindo ex-tenentes, comunistas, socialistas, líderes sindicais e liberais excluídos do poder. A ANL aprova um programa de reformas sociais, econômicas e políticas que inclui aumento de salário, nacionalização de empresas estrangeiras, proteção ao pequeno e médio proprietário e defesa da liberdade pública. Luís Carlos Prestes é convidado para a presidência de honra da organização.
A ANL cresce tão rapidamente quanto sua adversária, a Ação Integralista Brasileira (AIB). O confronto entre militantes comunistas e integralistas torna-se cada vez mais freqüente. Aproveitando o apoio da sociedade à causa antifascista, Prestes lança, em julho de 1935, um manifesto pedindo a renúncia de Vargas. Em represália, o governo decreta a ilegalidade da ANL. Impedida de atuar publicamente, a organização perde força.
Levante nos quartéis – Com a ajuda de Prestes e contando com a adesão de simpatizantes em importantes unidades do Exército, o PCB prepara uma rebelião militar. O levante dos quartéis seria o sinal para uma greve geral e o início de uma revolução popular. A revolta começa precipitadamente nas cidades de Natal e do Recife, nos dias 23 e 24 de novembro. Em razão dessa antecipação inesperada, os chefes do movimento apressam a mobilização no Rio de Janeiro para a madrugada do dia 27. O palco do levante são o 3º Regimento de Infantaria, na praia Vermelha, e a Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos. O governo, já preparado e contando com a lealdade das Forças Armadas, encurrala e domina os rebeldes no mesmo dia. Em todo o país, revoltosos e simpatizantes são perseguidos, seus chefes, presos, alguns torturados e mortos. Prestes fica na prisão até 1945. Sua mulher, a comunista judia Olga Benário, é entregue pela polícia do Estado Novo à Gestapo, polícia política nazista, e morre em um campo de concentração da Alemanha em 1942.