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Sim, eu concordaria com esta condição se as atitudes fossem regionalizadas, isto é, no momento atual em que a segurança pública no Brasil atravessa, entendo que o desempenho da polícia não deve ser o mesmo em todas as regiões do país, mesmo porque existem "particularidades" que irão variar de estado para estado, de cidade para cidade. Não é possível exigir uma conduta pacífica de uma força policial que atue em uma região dominada por facções! Da mesma forma, não é possível empregar pessoal, recursos e logística de uma polícia altamente especializada em regiões pacíficas, onde são detectados crimes de pequena relevância.
Entendo que a polícia deve estar aonde o cidadão precisa, agindo primeiramente com "inteligência" e em um segundo momento, se for necessário, o uso "moderado" da força. Embora esta possibilidade atualmente seja difícil de ser posta em prática, pois as polícias civis infelizmente enfrentam o sucateamento das condições de trabalho e as polícias militares que em muitos estados são obrigadas a conviver também com o sucateamento das condições gerais de trabalho e a baixa remuneração, fica difícil exercer a força do Estado, perante as organizações criminosas.
É importante ressaltar, que a "polícia" é em muitas regiões do Brasil o 1º elo de contato da população com o Estado, pois esta polícia é obrigada a intervir em questões que em muitas vezes foge das suas competências, como por exemplo: resolver e conciliar pequenos conflitos (a polícia não deixa que pequenos problemas cheguem ao Judiciário e tumultuem ainda mais a infinidade de processos judiciais no Brasil); atua em situações de saúde pública (muitas vezes as viaturas são utilizadas para conduzir feridos ou doentes às unidades de pronto atendimento de saúde); atua junto às Escolas, prevenindo que as crianças tenham acesso à criminalidade (PROERD); enfim, não podemos "generalizar" a violência policial observada em casos isolados, como via de regra para as instituições em todo o país, pois a função da polícia é servir e proteger, neste sentido o uso da força será sim necessário quando for inevitável ou quando a situação causar risco de vida e/ou integridade aos policiais.
Concluindo, em um estado democrático de direito (assim determina a nossa Constituição Federal/1988), as pessoas precisam ter o direito de ir e vir, mas também precisam ser amparadas e protegidas pelo Estado e a polícia deve ser enxergada como "proteção" e não simplesmente "opressão".
Equilibrar "necessidade de segurança" com "desnecessidade de violência", depende de outros fatores como: educação, condições sociais, política-economia, inteligência, formação e capacitação adequada dos policiais.
Espero poder ter ajudado.