20 Pontos Funk e cultura popular carioca (fragmento)
Hermano Vianna
O mundo funk carioca poderia ainda fazer ressurgir a velha teoria do imperialismo cultural norte-americano. Contra
essa interpretação levantaremos apenas dois pontos. Primeiro, é pouco provável que o imperialismo ianque se
interesse em impor a outros povos um estilo musical que tantos problemas lhe causa em seu país. Segundo: outros
exemplos, fornecidos por outras cidades brasileiras, podem nos mostrar que o parceiro dessas trocas interculturais de
música não precisa ser necessariamente os Estados Unidos. O caso da lambada teve início com a adoção, por parte
de músicos paraenses, de ritmos das antilhas francesas (devidamente misturados com o carimbó local). Em São Luís,
Maranhão, existe um circuito de bailes semelhante ao do funk carioca onde só se escuta o reggae jamaicano. O reggae,
mesmo sem ser divulgado pelas gravadoras brasileiras (que lançam pouquíssimos discos do gênero) também faz
enorme sucesso nas festas realizadas nos bairros mais pobres de Salvador. Existe, então, um imperialismo jamaicano?
Ou um imperialismo antilhano?
Disponível em: http://www.mirelaberger.com.br/mirela/download/ funk_e_cultura_carioca.pdf (Acesso em:
05/09/2012)
O fragmento acima trata da relação entre o funk carioca e o imperialismo cultural norte-americano. É possível identificar
nele uma postura predominantemente:
A. descritiva, com a preocupação de retratar os bailes de reggae maranhenses.
B. argumentativa, com a defesa da tese de que o funk carioca é produto da influência norte-americana sobre a
cultura brasileira.
C. narrativa, com a preocupação de relatar o processo de surgimento do lambada no estado do Pará.
D. argumentativa, com a construção de uma argumentação baseada em analogia.
E. expositiva, com a crítica ao comportamento das gravadoras brasileiras em relação ao reggae.
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0
Eu acho que é a letra D
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