FANATISMO
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim! ...”
ESPANCA, Florbela. Livro de Sóror Saudade. [1923].
Nas duas últimas estrofes, a utilização das aspas indica
a) ironia.
b) citação.
c) polifonia.
d) intertextualidade.
e) paródia.
kutsuabdallahepefskb:
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c) Admiração e emoção.
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