Respostas
Estamos a falar de alguém que concentra todas as atenções em si e em provar uma coisa simples. “O meu é melhor que o teu”. E que não olha a meios para chegar aos fins, como no conto infantil: “Espelho mágico espelho meu, há alguém no mundo mais poderoso/belo/grandioso (…) que eu?”
O que pensar: “Claro que há, só tu é que não vês nem aprendes nada com isso. Tanta inflação do ego só revela que aí dentro está um buraco negro e eu não quero ser engolido(a) por ele.”
O que dizer: Idealmente, nada. Quem quer comprar guerras que sabe poder perder à partida? Um oponente sem escrúpulos tende a esmagar a concorrência só para mostrar quem manda ali…
O que fazer: Colocar água na fervura e responder ao repto com um “claro que não” impede que o visado sinta o horror da rejeição e se sinta importante, sem partir a loiça em cima de si
2 Expetativas – 0, Estratégia – 1
Quando perceber que está diante de alguém que tem “umbiguismo crónico” não espere que esse alguém compreenda, aconselhe, escute ou lhe dê atenção, reconhecimento. Do quarto para a rua e para o mundo (redes sociais incluídas), há pessoas que vivem mesmo – e só – de aparências
O que pensar: “Já vi que não és de parar, escutar e olhar, a não ser para as tuas cenas. Não culpes os outros por dizerem mal de ti, devias ter vergonha na cara” (a vergonha é um ponto fraco, sim!)
O que fazer: Em vez de zangar-se, respire fundo, esfrie as ideias e use as fraquezas do “bicho” a seu favor, dizendo-lhe o que pode ganhar com isso. “se fizeres isso vais ser bem visto(a)”. Funciona.
3 Neutralidade – 1, Crítica – 0
São precisos dois para dançar o tango e você não vai querer dançar, acredite. A empatia não é o forte dos nativos da Terra de Narciso. Além disso, eles desconhecem o que é sentir “pesos na consciência”. Podem parecer pessoas admiráveis, mas também são “vilões” incansáveis.
O que pensar: Nada. Limitar-se a deixar que se expressem à vontade sem esgrimir argumentos, o combustível dos “vampiros emocionais”, hábeis na arte de voltar tudo o que disser contra si.
O que fazer: Poupe-se à humilhação de criticar, de fazer queixas, de reivindicar direitos. A vida encarregar-se-á de mostrar como é preferível seguir o lema “pessoa honrada não tem ouvidos”.
4 Agradar – 0, Observar – 1
As fantasias omnipotentes (que revelam o seu oposto, ou seja, sentimentos de impotência) e o levar tudo a peito (por tudo depender de si mesmo, ser em função de si mesmo, etc) transformam um grande sedutor num pequeno ditador insaciável, que nunca se satisfaz nem se deixa satisfazer.
O que pensar: “Arranjar espaço para respirar”. “Mostrar interesse + manter distância”. “Saber o que quero, sem hesitações”. A menos que não se importe de estar no papel de refém.
O que fazer: Não se deixar controlar, apenas estar presente, observar, fazer que sim e seguir em frente; faça o que fizer para agradar, nunca vai chegar e na próxima, será cobrado em dobro.
5 Humor – 1, Frontalidade – 0
Esqueça a teoria “olho por olho, dente por dente” quando tiver de comunicar numa base regular com uma pessoa narcisista que recusa aceitar que precisa de ajuda. Pode até ser… o seu familiar, vizinho, colega, chefe ou parceiro (ou se eles estiverem consigo e não forem os narcisistas...)
O que pensar: “Releva, não caias na asneira de levar esta pessoa a sério como se ela fosse igual a ti; não é apenas infantil, é de quem tem baixo QE (quociente de inteligência emocional)”
O que fazer: “A brincar, a brincar...” A política de redução de danos é por aí. Se disser mesmo o que pensa, faça-o com graça e valorize o interlocutor e os seus troféus (objetos, feitos e… sim, pessoas)