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É um seringueiro que dorme no interior da floresta, no Acre. O eu lírico é um burguês de São Paulo. Ele se compara com o seringueiro, espantado com a descoberta de que duas almas tão diferentes são, as duas, brasileiras.
O eu lírico se dirige ao seringueiro brasileiro.
O poema se chama "acalanto do seringueiro", o que poderíamos entender como cantiga de ninar.
Assim, o eu lírico demonstra, logo no início do poema, que tem a intenção de cantar um acalanto para o seringueiro, para ajudá-lo a dormir. Porém ele não consegue, pois ele não conhece a realidade do seringueiro. Ele não sabe como é a vida de trabalho na floresta, portanto não sente que está pronto para cantar uma cantiga a altura.
Note que o poema tem suas métricas organizadas de forma que a leitura soe exatamente como uma cantiga de ninar.
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