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Existe um mundo real, muitas vezes violento, injusto, ganancioso e preconceituoso, e outro ideal, que sonhamos viver, embora façamos pouco para isso.
Quanto maior a distância entre o mundo real e ideal, maior é o desamparo. É a mesma relação individual entre ego e ego ideal. “Sou o que penso, mas penso ser tantas coisas” (Fernando Pessoa).
No mundo ideal, os atletas entrariam em campo somente para jogar futebol, com alegria, e respeitariam companheiros, adversários, árbitros e auxiliares, além de tentar dar bons espetáculos.
No mundo real, os jogos, em todo o planeta, principalmente na América do Sul, estão cada dia mais tensos, tumultuados e violentos. Durante a semana, houve pancadaria em dois jogos no Brasil, um no Uruguai e outro na África.
No mundo ideal, a imprensa cobraria, com ênfase, mais qualidade técnica e menos violência. No real, parte da mídia incorporou o discurso dos técnicos de que o importante é o resultado e que, no futebol moderno e de muita marcação, não há mais lugar para futebol bonito e com poucas faltas.
No meu mundo ideal, queria assistir aos jogos somente com o olhar de um poeta e de um apreciador das coisas belas de um espetáculo. No meu mundo real, preciso ser também pragmático e um analista técnico e tático. Tento unir os dois mundos. Nem sempre consigo. Os dois se estranham.
Tentei kkk
allinecristhina221:
Muitooo Obrigada
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