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Friedrich Nietzsche critica a tradição da religião judaico-cristã e os pensamentos de Sócrates e Platão por terem desenvolvido uma razão e uma moral que subjugaram as forças instintivas e vitais do ser humano, a ponto de domesticar a vontade de potência do homem e de transformá-lo em um ser fraco e doentio.
Analise as afirmações a seguir:
I. A moral racionalista foi erguida com finalidade repressora e não para garantir o exercício da liberdade.
II. Para Nietzsche, o super-homem deveria ter a missão de criar uma raça capaz de dominar a humanidade, sendo, por isso, necessário aniquilar os mais fracos.
III. A moral racionalista transformou tudo o que é natural e espontâneo nos seres humanos em vício, falta, culpa, e impôs a eles, com os nomes de virtude e dever, tudo o que oprime a natureza humana.
IV. Os valores que constituem a moral aristocrática de senhores são, para Nietzsche, eternos e invioláveis. Devem orientar a humanidade com uma força dogmática, de modo que o homem não se perca.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
a)
III.
b)
I e III.
c)
II e IV.
d)
III e IV.
e)
I, II e III.
Respostas
I é verdadeira, pois a moral dos racionalistas era vista por Nietzsche como uma "justificativa" da moral cristã (Kant, por exemplo, teria tentado "racionalizar" o cristianismo), e tinha como objetivo não garantir a liberdade dos fortes, mas criar, artificialmente, mecanismos de ressentimento que protegessem os mais fracos.
II é falsa, pois o super-homem não deve extinguir os mais fracos, mais guiá-los para a moral dos senhores (dos fortes).
III é verdadeira, pois a moral racionalista era apenas a moral judaico-cristã com uma "nova fantasia", e, portanto, era uma moral dos fracos (escravos) e do ressentimento.
IV é falsa, pois a moral do forte não pode ser vista como dogmática, pois todo dogmatismo extingue a liberdade e a acaba com a força vital.
É correta a alternativa B.