Respostas
Todo cidadão tem direito à educação, e é dever do Estado garantir condições para o seu acesso e permanência na escola. Partindo de tal premissa, nos últimos anos, políticas de inclusão passaram a ser aplicadas para garantir esse direito também aos indivíduos surdos, que durante muito tempo foram excluídos e marginalizados socialmente. Mesmo com as mudanças, os não ouvintes ainda enfrentam grandes dificuldades para usufruir do que é denominado inclusão social, muitas vezes devido ao escasso número de instituições especializadas e ao despreparo dos profissionais da educação.
Apesar das políticas de modificação do modelo educacional, um número significativo de escolas públicas não possui intérpretes em sala de aula, o que torna a inclusão praticamente impossível. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a primeira língua do não ouvinte. Ao não permitir o acesso à educação por meio dela, o surdo, além de ter sua aprendizagem plena limitada, acaba impedido de desfrutar de um direito conquistado por sua comunidade. Ademais, instituições privadas tendem a recusar o aluno pelo custo das adaptações que devem ser feitas, corroborando para a manutenção de um ensino excludente, seja ele nos níveis de educação básica ou superior.