Respostas
O domínio romano na bacia do Mediterrâneo resultou em grandes transformações econômicas, sociais e políticas, que conduziram à crise e ao fim da República, formando-se o Império.
A economia passou a se fundamentar na venda de escravos capturados entre os povos vencidos e na cobrança de tributos das regiões conquistadas. Um dos reflexos dessa mudança foi a formação de uma classe de ricos comerciantes, os cavaleiros.
O trabalho escravo passou a ocupar todas as atividades profissionais, sobretudo nas grandes propriedades, que chegavam a atingir a extensão de 80.000 hectares. Enquanto na Grécia, durante o período clássico, o escravismo coincidiu com estabilização da pequena propriedade e a formação de um grupo de cidadãos composto principalmente por pequenos proprietários, em Roma o resultado foi o latifúndio e o domínio de uma poderosa aristocracia.
A sociedade também sofreu transformações. Os ricos nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornaram-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram à Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, passando a viver em torno de Roma com o pão e o circo fornecidos pelo Estado.
A crise da República
As mudanças, resultantes da exploração imperialista, abriram um novo quadro em Roma, marcado por violentas lutas políticas e sociais. Inicialmente ocorreram conflitos entre patrícios e plebeus e, depois entre patrícios e cavaleiros, que reivindicavam o direito de ocupar cargos na magistratura e no Senado, pois isso lhes aumentaria o poder econômico. Essas lutas iriam destruir as bases da República Romana e formar o Império