Respostas
Tendo ocorrido uma tragédia com repercussão a nível nacional e mundial, onde vários países
ressaltaram a problematização que aconteceu no estado de Alagoas, dando ênfase ao caos
absoluto vivido pelos alagoanos e também pernambucanos que transformaram a imagem da
região nordeste numa dimensão histórica, onde mobilizou toda a sociedade em um eco de
socorro, de clamor e completa solidariedade.
A catástrofe fluvial em Alagoas permitiu que o Brasil e o mundo parasse para discutir o que
estava acontecendo. Mesmo quando naquele momento grande parte dos países participavam
da copa do mundo na África, mas a catástrofe fez o mundo calar.
Uma grande discussão a respeito de catástrofes natural e não natural foi produzida
principalmente pelas áreas que trabalham no campo social, buscando respostas que introduziu
ao homem uma maior responsabilidade saindo do viés da vítima para culpado. Mas de que vale
ir à busca desses responsáveis quando o sofrimento já foi instalado pela hipocrisia humana,
pela frustração, pelo medo, pela mágoa ou pela solidão?
De que vale entender o porquê alguns dirigentes se vestem de políticos e buscam
responsabilizar o Criador? De que vale neste momento entender o grau de responsabilidade
entre Deus e o homem? O mais importante é criar caminhos, pontes para que a dignidade
desse povo seja reconstruída sem que para isso se perpetue como moeda de troca de alguns
políticos inescrupulosos que se aproveitam da dor, da miséria, do sofrimento, da falta de
esperança do povo para se perpetuarem no poder numa posição mesquinha e tão cruel. Apesar
de que ninguém se limita a pensar neste momento sobre esta hipótese dos interesses políticos
e sim o que é importante e preocupante é a real situação da sociedade e o envolvimento dos
profissionais em prol da reconstrução emocional dessas pessoas que sofrem nos municípios
atingidos.
O Conselho Regional de Psicologia de Alagoas em primeiro lugar mapeou os municípios que se
encontravam em situações de completo abandono que foram devastados pelo rio e assim foram
classificados mediante grau de devastação para receber ajuda da ação humanitária. Os oito
municípios que foram praticamente devastados: Branquinha, Murici, Paulo Jacinto,
Quebrangulo, Rio Largo, Santana do Mundaú, São José da Lage, União dos Palmares.
A história de Alagoas se inicia antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses, o estado era povoado pelos índios caetés. A costa do atual Estado de Alagoas, reconhecida desde as primeiras expedições portuguesas, desde cedo também foi visitada por embarcações de outras nacionalidades para o escambo de pau-brasil