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A expansão do cultivo do café no Brasil teve como ponto forte a região conhecida como Vale do Paraíba, que se localiza entre o leste paulista e o oeste do Estado do Rio de Janeiro. Essa região possuía boas condições geográficas, clima adequado e regularidade das chuvas, sendo tais aspectos de fundamental importância no cultivo do café.
O vale do Paraíba também possuía outro bom aspecto para o sucesso do plantio do café, a facilidade no escoamento da produção das lavouras.
No entanto cabem aqui alguns esclarecimentos sobre o cultivo do café: ao contrario da Cana de Açúcar, que necessitava de uma grande infra-estrutura – engenhos – o café, no entanto não precisava de grandes investimentos.
Nos seus primórdios, dependia apenas de uma boa terra e de mão-de-obra, que a principio continuava sendo a escrava. As lavouras de café nesse momento ainda não haviam substituído a mão-de-obra escrava por trabalhadores livres e/ou assalariados. Isto só viria ocorrer de forma paulatina.
Entre 1830 e 1880 o café do Vale do Paraíba era exportado para Europa sem nenhuma concorrência. O velho continente se tornou o grande mercado comprador, e os recursos adquiridos com a comercialização do café ajudaram a estabilizar a economia do Império, e lançar as bases da sua modernização com estradas de ferro, cidades iluminadas com energia elétrica, etc.
Devido a uma exploração predatória, a fertilidade do solo do Vale do Paraíba se esgotou e em conseqüência disso as lavouras de café entraram em declínio. Entretanto, a riqueza produzida pelo café não modificou a disparidade social existente no Brasil herdada do período colonial, apenas serviu como base para o surgimento de uma nova elite, os chamados barões do café, que seriam importantíssimos na política nacional.