• Matéria: Matemática
  • Autor: onepiecelovers0
  • Perguntado 7 anos atrás

Em que constituiu o movimento chamado Cisma do Oriente?

Respostas

respondido por: brito2717
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O Grande Cisma do Oriente Cisma Ocidente-Oriente foi a separação da Igreja Católica Romana e da Igreja Católica Ortodoxa no século XI. As dificuldades tiveram origem na revolta do Patriarca de Constantinopla contra a autoridade do Papa. 
O Imperador Constantino, concedeu liberdade de culto aos cristãos, no ano 313, fundou Constantinopla, transferindo o poder imperial para o Oriente, mas o título de Patriarca era dado apenas aos Bispos de cidades que haviam recebido a pregação de um Apóstolo. Eram reconhecidos como Patriarcas o Bispo de Alexandria , onde pregara o evangelista São Marcos; o Bispo de Jerusalém, onde fora Bispo o Apóstolo São Tiago; o bispo de Antioquia, cidade em que viveu e foi Bipo São Pedro e Roma, que teve o mesmo São Pedro como seu primeiro Bispo. Constantinopla, por ter sido fundada apenas no século IV, não poderia ter, normalmente, o título de Patrarca, pois nenhum Apóstolo pregara nessa cidade, que ainda não existia nos tempos apostólicos, por ser a capital do Imperio do Oriente, todavia, os Arcebispos de Constantinopla reivindicavam essa honra, que Roma concedeu a título honorário. 
O Patriarca de Constantinopla, promoveu um movimento reivindicando paridade com o Papa, estabelecendo que a Igreja deixasse de ser uma monarquia e passasse a ser uma pentarquia. A proposta era que o Papa fosse apenas um chefe honorífico da Igreja, um "primus inter pares", um superior em honra, entre os Patriarcas, que seriam iguais em direito. Alegando que tal solução opunha-se aos Evangelhos, uma vez que Cristo teria feito a Igreja monárquica e não pentárquica, fundado a Igreja sobre Pedro apenas. 

No século IX, o Arcebispo de Constantinopla , Fócio, se rebelou contra o Papa São Nicolau I, que o excomungou em 863. Como resposta, Fócio autoproclamou-se Patriarca Ecumênico de Constantinopla e "excomungou" o Papa São Nicolau I. Com a subida ao poder em Constantinopla do Imperador Basílio, o Macedônico, Fócio perdeu o poder que tinha. A questão entre Roma e Constantinopla foi ainda mais envenenada pelo problema da processão do Espírito Santo, que os Orientais dizem proceder apenas do Pai, enquanto a Igreja Romana defende proceder tanto do Pai como do Filho. 
Fócio retomou o poder em Constantinopla, mesmo depois de sua solene condenação, no ano 870. De novo, o Papa João VIII renovou a condenação de Fócio. Com o advento ao trono do Imperador Leão, o Filósofo, Fócio foi expulso pela segunda vez de Constantinopla, terminando o cisma, pouco depois. 

No século XI, Miguel Cerulário, Patriarca de Constantinopla causou a separação definitiva da Igreja do Oriente separando-a da obediência ao Papa, no tempo do Papa Leão IX. Miguel Cerulário foi excomungado pelo Papa em 1054, ocasião em que os orientais separaram-se de Roma, configurando o cisma. 

A negação recíproca dos dogmas contribuíram ainda mais para a deterioração das relações entre as duas igrejas e culminou com o saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada (1204) e o estabelecimento do Império Latino (Ocidental) que durou 55 anos, aprofundando a ruptura. 

Houve várias tentativas de reunificação, principalmente nos Concílios Ecumênicos de Lyon (1274) e Florença (1439), mas as reuniões mostraram-se efêmeras. Estas tentativas acabaram efetivamente com a queda de Constantinopla em mãos dos otomanos, em 1453, e ocuparam quase todo o antigo Império Bizantino por muitos séculos. As mútuas excomunhões só foram levantadas em 7 de Dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I, com o propósito de aproximar as duas Igrejas. As excomunhões foram retiradas pelas duas Igrejas em 1966. Somente recentemente o diálogo entre elas foi efetivamente retomado, a fim de sanar o cisma.
Espero Te Lhe Ajudado Bons Estudos
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