• Matéria: Física
  • Autor: gabriellypereiradeso
  • Perguntado 7 anos atrás

Quais sao as 3 possibilidades de morte para as estrelas

Respostas

respondido por: LeoGh0st
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Depois que a estrela se forma e durante a maior parte de sua vida, seu tamanho não aumenta nem diminui. O Sol, por exemplo, está mais ou menos do mesmo tamanho há alguns bilhões de anos. Mas quando acaba o combustível, as coisas começam a mudar: desligado o reator, a estrela não consegue suportar mais o peso das camadas que estão perto do centro. Essas camadas acabam desabando sobre o centro. Isso faz aumentar a temperatura e a produção de energia, a ponto de empurrar para fora as camadas externas da estrela, que fica inchada e menos quente na superfície. É nesse estágio que ela recebe o nome de estrela gigante vermelha. Uma estrela assim é Betelgeuse, da constelação de Órion, que fica perto das Três Marias.


Se a estrela for das mais "magrinhas", mais ou menos como o Sol, ou um pouco mais pesada, ela começa a tremer, a tremer, até expulsar de uma vez só toda sua camada externa. Vocês estarão pensando: mas como é que os astrônomos sabem disso? Acontece que essa camada se espalha lentamente pelo espaço, aumentando cada vez mais de tamanho e adquirindo um brilho intenso. Isso pode ser observado num telescópio. Nessa fase, a estrela é uma nebulosa planetária, um dos corpos mais bonitos do céu.

Enquanto isso, a parte interna da estrela vai ficando cada vez menor. Primeiro, ela é a estrela central da nebulosa planetária. Depois, transforma-se numa anã branca , uma estrelinha quente e muito densa: uma colherinha cheia com o material que forma essa estrela pesaria algumas toneladas! Sem combustível, a anã branca vai esfriando aos poucos, até se transformar em anã negra , que é uma espécie de cinza de estrelas. A anã negra é pequena e praticamente invisível. Os restos de objetos muito menors que o Sol e que não chegam a ser estrelas são chamados de anãs marrons.


UMA EXPLOSÃO ESPETACULAR


Se a estrela for mais "gordinha", digamos, oito vezes mais pesada que o Sol, sua morte é mais violenta e espetacular. Esgotado o combustível, ela também fica instável e sofre as mesmas tremedeiras que as outras. Mas a matéria é tanta que a queda sobre o núcleo é muito violenta. A estrela pode até acabar explodindo, formando uma supernova: a parte externa é expulsa violentamente para o espaço, enquanto a parte interna - o núcleo - fica tão pequena e densa que uma colherinha desse material pesaria milhões de toneladas.


Esse núcleo é chamado estrela de nêutrons. Ele gira muito rapidamente, produzindo ondas de rádio e de luz. Por causa desse movimento de rotação, o brilho da estrela aumenta e diminui, como se fosse aquela luz que fica no teto de uma ambulância ou nos carros de polícia. Essa fonte de luz intermitente é conhecida pelo nome de pulsar .


Quando uma supernova explode, onde antes havia apenas uma estrela fraquinha, aparece, no céu, uma estrela muito brilhante. Esse fenômeno é raro, pois não são tantas as estrelas "gordinhas". Por isso, os astrônomos estão sempre esperando ansiosamente por uma explosão dessas. No início de 1987 surgiu uma supernova na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia próxima da Via Láctea, bem menor do que ela, e que pode ser vista em noites estreladas, perto do Pólo Sul

ENGOLIDAS PELOS BURACOS NEGROS


E se a estrela for mesmo muito "gordona", trinta vezes mais pesada que o Sol, ou ainda mais? Nesse caso, quando acaba o combustível, as partes externas caem sobre o núcleo de uma forma violentíssima. Na verdade, a atração em direção ao núcleo é tão forte que nada consegue escapar, nem mesmo a luz. Como a luz não escapa, esse corpo é escuro. Por isso, recebe o nome de buraco negro.

E como podemos observar um buraco negro? Isso é muito difícil, mas, para felicidade dos astrônomos, muitas estrelas nascem aos pares, ou até mesmo em grupos maiores, como se fossem gêmeas. Assim, se o buraco negro se formar perto de outra estrela, ele vai acabar engolindo pedaços dessa estrela. Ao cair em direção ao buraco negro, esses pedaços se aquecem muito e formam um disco. Produzem, então, raios-X, aquela mesma radiação que atravessa nosso corpo quando tiramos uma radiografia, e que permite ao médico ver ser estamos com um osso quebrado. Observando esses raios-X, os astrônomos podem saber da existência dos buracos negros, mesmo que estes não possam ser vistos diretamente.

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