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Principais ideias de Max Weber
O objeto de estudo de Max Weber eram as ações sociais dos indivíduos, que eram motivadas pelas causas racionais, afetivas ou tradicionais (Veja abaixo o conceito de cada uma dessas causas). Essas ações sociais resultariam na relação social, caracterizada pela reciprocidade de ações, ou seja, quando as ações sociais se tornam recíprocas, nasce então a relação social.
A sociedade, para Weber, compreende diferentes esferas (econômica, política, religiosa, jurídica), cada uma com uma determinada lógica autônoma de funcionamento, cuja trama resulta das ações individuais.
O procedimento de Max Weber era histórico-comparativo, pois ele entendia que não era possível analisar a vida social com métodos naturais, contrariando claramente as ideias do sociólogo Émile Durkeim. Para Weber, a realidade é infinita, e a análise só pode ser realizada à partir de fragmentos, da particularidade de cada sociedade.
O objetivo seria compreender pela interpretação, e não apenas observar, a atividade social, para explicar suas causas, desenvolvimento e efeitos. As leis gerais são se aplicariam, pois a procura deveria ser pela compreensão da singularidade. Para isso, Max Weber indica que deve haver uma separação do juízo de valor, que é o que se escolhe analisar, e se torna o ponto de partida, do juízo de fato, que vai nortear a pesquisa e a análise de forma imparcial.
O principal instrumento metodológico de Max Weber era o tipo ideal, que consiste na abstração e combinação de elementos da realidade, destacando um ou vários pontos de vista, ordenando os fenômenos, que isolados de tornam dados, e com isso, formar um quadro homogêneo de pensamento. Esse se torna o modelo, o tipo ideal. Com esse método, é possível realizar comparações da realidade observada, através da proximidade entre ela e o tipo ideal.
Abaixo, alguns dos principais conceitos para Max Weber:
Poder – possibilidade de impor a própria vontade.
Dominação – exercício do poder, estabelecimento de subordinações.
Política – competição entre valores equivalentes.
Estado – Luta de indivíduos pelo poder, sem sentido predeterminado. Os tipos de estado se definem pelos meios de dominação que utilizam. É a única instituição que tem o monopólio da violência, pois a violência cometida pelo Estado é legítima.
Formas de dominação legítima (causas da ação social):
Racional – baseada no direito e na legislação (burocracia, Estado);
Tradicional – baseada no costume e na crença de um poder sagrado, como se ninguém pudesse se opor;
Afetiva – baseada no carisma do líder, ou seja, a forma de poder se torna quase irresistível