Um impulso nervoso, ao chegar à extremidade de um axônio na região de uma sinapse neuromuscular, induz a liberação de acetilcolina, um neurotransmissor que desencadeia um potencial de ação na fibra muscular, provocando sua contração. Índios da América do Sul envenenam suas flechas com a resina e plantas que contém o curare, substância capaz de se combinar de modo estável com os receptores de acetilcolina das células musculares. Com base nessas informações, proponha um mecanismo plausível para explicar como a injeção de curare paralisa e mata um animal.
Respostas
No curare existem substâncias, como a curarina e a tubocurarina, que se ligam a esses receptores, competindo com a ACh, mas sem o efeito de abrir canais iônicos que esse neurotransmissor causaria. Assim, os impulsos nervosos não são transmitidos por não haver entrada de íons Na⁺ na célula muscular, fazendo com que não haja despolarização da membrana pós-sináptica, necessária para a contração. Sendo assim, os músculos envolvidos no processo respiratório não recebem os estímulos levando a morte por asfixia.
O curare consiste em uma substância que se liga aos receptores de acetilcolina, o que faz com que eles não reconheçam esses neurotransmissores presentes na fenda sináptica. Com isso, o estímulo nervoso se perde e não há como haver contração muscular.
Curare e junção neuromuscular
Os músculos se contraem de acordo com os comandos provenientes do sistema nervoso. Nesse sentido, os neurônios transmitem impulsos nervosos que culminam na contração muscular. Para tanto, eles liberam na fenda sináptica neurônios como a acetilcolina, a qual é captada por receptores presentes nas células do músculo.
Assim, caso seja administrado curare em um organismo, ele se liga a esses receptores de acetilcolina presentes nas células musculares, impedindo que elas obedeçam à ação de contrair. Logo, cessa-se atividades fundamentais para a manutenção da vida, como a respiração e o batimento cardíaco.
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