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Manuel Bandeira é o referencial da poesia Moderna Brasileira, daí sua importância. Uma pessoa que falou em seus versos a linguagem do povo, os temas que a população gostava de ler. É o dia a dia e as preocupações de todos nós que são retratados em seus poemas. Mesmo fazendo parte do Modernismo, Bandeira não perdera a sensibilidade, dando uns toques de leves, românticos, enriquecendo a sua poesia. Ele é o modernista das circunstâncias simples, elementares, em que precisam ser precisas e suficientes, como as matérias indecomponíveis: “Assim eu quereria o meu último poema / Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais” (“O último poema”, Libertinagem).
Ele é o poeta da precisão sentimental, será modernista no aspecto da frase precisa, já que os românticos gostavam da ornamentação, da emoção torrencial, que o poeta rejeita.
São os momentos, a solidão pensativa – aquilo que se eterniza: “Vão demolir esta casa / Mas meu quarto vai ficar, / Não como forma imperfeita / Neste mundo de aparências: / Vai ficar na eternidade, / Com seus livros, com seus quadros, / Intacto, suspenso no ar!” (“Última canção do beco”, Lira dos cinqüent´anos). É como se nada fosse intencional, e as idéias viessem e nascessem apenas da fala vivida, sem querer provar nada.
Em Bandeira, o que existe é uma consagração interior da vivencias, dos “alumbramentos”, e uma volta deles na poesia. Não é o passado exatamente. É aquilo que cresce e se renova no tempo...Por isso, ele é tão importante, por isso ele se imortalizou na literatura.