Respostas
a importância do silêncio, da oração, da humildade, do papel do abade, das vigílias, até fatores corriqueiros como de que modo deveriam ser guardadas e usadas as ferramentas dentro do mosteiro, o celeiro, a cozinha etc.
decisivo nesse processo ao formular a denominada Regra de São Bento.
As ordens monásticas possuíam um papel civilizatório e moralizador. São Bento tinha consciência desse papel e empenhou-se, em sua Regra, na formulação de tarefas tanto de ordem espiritual quanto de ordem laboral (ou seja, relativa ao trabalho dentro da Abadia de Monte Cassino, na Itália, a oeste da cidade de Nápoles, onde se radicou como monge).
Os tópicos da Regra de São Bento versavam desde a importância do silêncio, da oração, da humildade, do papel do abade, das vigílias, até fatores corriqueiros como de que modo deveriam ser guardadas e usadas as ferramentas dentro do mosteiro, o celeiro, a cozinha etc. Os tópicos da Regra abarcavam toda a vida cotidiana dos monges, estabelecendo hábitos que, aos poucos, instituíram uma estrutura disciplinadora. A Regra foi tão eficaz que, a partir do século IX, tornou-se obrigatória em todos os mosteiros do Império Carolíngio, na época de Luís I, o Pio (filho de Carlos Magno).
Na opinião de alguns estudiosos, a Regra de São Bento elevou o monastério à condição de modelo para a organização social e política da Cristandade, um modelo de pólis, tal como o modelo de cidade ideal elaborado por Platão. Essa opinião é defendida, entre outros, pelo filósofo austríaco Eric Voegelin, que, em sua obra História das Ideias Políticas (vol. II), assim se expressou: