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Não tenho conhecimento de uma citação direta de boa política migratória, porém, esses são alguns países que adotaram boas medidas: O Canadá é conhecido por suas políticas favoráveis a entrada de imigrantes no país, sendo considerado o Estado mais receptivo do G8 (grupo das oito maiores economias do globo). Em 2015, o país recebeu quase 272 mil imigrantes e mais de 58 mil refugiados. Esse número tem relação direta com seu comprometimento no recebimento de refugiados da guerra da Síria, reforçado pela Operação de Refugiados Sírios de 2016.
O Japão é o país do G8 que menos recebe imigrantes. Historicamente, foi um país muito fechado à imigração, mas, atualmente, começa a abrir mais suas portas. O decrescimento populacional é um dos principais motivos para a mudança de atitude. Em 2016, o número de residentes estrangeiros no país chegou ao recorde de 2,38 milhões de pessoas, que representam quase 2% da população no território. A maior população de origem é a chinesa, sendo 29% dos imigrantes no Japão.
Em setembro de 2015, o Quinto Plano Básico para Controle da Imigração foi aprovado no país, reformulando algumas questões administrativas relacionadas à migração. O plano prevê uma aceitação proativa de estrangeiros, visando a revitalização da sociedade e economia japonesas, bem como a promoção da proteção apropriada a refugiados.
A Alemanha foi o segundo país de acolhida de imigrantes em 2016. Em 2015, a diferença entre imigrantes e emigrantes do país chegou a 1,2 milhões de pessoas. O número de estudantes internacionais tem aumentado nos últimos anos, sendo que o maior país de origem é a China, com 13% do total. Em agosto de 2016, o Ato de Integração entrou em vigor no país. O Ato pretende aumentar a disponibilidade de cursos de línguas e permite a algumas pessoas que estejam recebendo educação técnica no país que recebam a permissão de permanência, com validade de dois anos, se já tiverem uma proposta de emprego, ou, se ainda não tiverem sido empregados ao final do curso, por até seis meses, para que consigam procurar trabalho. Na maior parte dos distritos alemães foi revogada temporariamente a política de priorizar as vagas de emprego para alemães ou membros da União Europeia, quando os concorrentes são solicitantes de refúgio ou outras pessoas em situação vulnerável, por exemplo. A suspensão dessa prioridade terá fim em agosto de 2019. A Agência Federal de Emprego continuará a checar se as condições de trabalho dessas pessoas em situação de vulnerabilidade não são menos favoráveis do que de trabalhadores alemães. Uma medida restritiva para refugiados que está prevista no Ato é a obrigação de que o refugiado fique na região para o qual foi destinado durante o processo de solicitação de refúgio por pelo menos três anos, mas a restrição pode ser relevada caso o indivíduo encontre emprego, matricule-se em uma escola ou universidade ou tenha família próxima em outra parte da Alemanha.
O Ato também permite que os governos regionais emitam decretos restringindo os municípios em que os migrantes humanitários possam residir. Em fevereiro de 2017, 4 de 16 governos regionais já haviam requerido que a residência de migrantes humanitários se restringisse a somente alguns municípios ou distritos.
A Rússia foi o terceiro país a mais receber imigrantes em 2016, somente atrás dos Estados Unidos e da Alemanha. Nesse ano, recebeu 575 mil novos imigrantes permanentes. Já o número de refugiados na Rússia é muito baixo, somando apenas 600 pessoas ao final de 2016. Após atingir um recorde histórico em 2015, de 151 mil solicitações de refúgio, o número passou a declinar. A inclusão de asilados temporários no Programa de Compatriotas do Estado permitiu a muitos deles a obtenção da cidadania russa através de um procedimento mais simples, em 2016. A migração de trabalho temporário decresceu no país nos últimos anos. A crise econômica, bem como a maior dificuldade de entrada no mercado de trabalho russo, foram fatores determinantes para a queda. Enquanto isso, o número de estudantes internacionais continuou a crescer. Em 2015, o governo russo disponibilizou 15 mil vagas em universidades do país para estudantes internacionais, um aumento de 5 mil em relação ao ano anterior. Uma das maiores modificações feitas na política migratória russa nos últimos anos consistiu em integrar o Serviço Migratório, que antes era uma Agência Independente, no Ministério do Interior. Em julho de 2016, o governo formulou uma lei que permite que as Cortes do país isentem de pena os portadores de permissão de residência que venham a cometer crimes de pequeno potencial ofensivo ou por uma única vez. Antes, mesmo os crimes menores cometidos por migrantes poderiam resultar em expulsão do país.