• Matéria: História
  • Autor: historia6690
  • Perguntado 7 anos atrás

quais eram as fontes de abtanção dos escravos

Respostas

respondido por: mari4236
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A origem do escravo romano é a guerra, ou seja, os derrotados pelo Exército eram capturados e escravizados, constituindo a base da mão-de-obra agrícola e de outras atividades produtivas que sustentavam a economia romana. A redução do homem livre endividado à condição de escravo e o comércio internacional, além da guerra de conquista, foram outras importantes fontes de obtenção de escravos.Mesmo após a Lei Licínia, esta prática continuou existindo, pois esta lei se referia apenas aos cidadãos romanos. Inúmeros habitantes das províncias, endividados, continuaram sendo submetidos à escravidão. A condição de vida e o tratamento dispensado ao escravo variavam de acordo com a sua origem, a atividade que desempenhava e o meio em que vivia. 
O contrato de vendas padrão de um escravo romano estipulava que “não era aceito devoluções, exceto em casos de epilepsia”.O valor de um escravo variava dependendo de suas qualidades: idade, beleza e força. 
Nas cidades, os cativos ocupavam-se de atividades, como a manufatura, o comércio ou os serviços domésticos. Era comum os proprietários utilizarem-nos como "escravos de luxo", os quais desempenhavam as funções de cozinheiros, escribas, administradores, secretários e vários outros ofícios a serviço de seu senhor. Portanto, não há uma tarefa específica destinada à mão-de-obra escrava, ou seja, o escravo não se definia pelo tipo de trabalho que realizava, mas, sim, como um homem explorado e privado do exercício da cidadania e da liberdade. 
As condições subumanas em que viviam grande parte dos escravos romanos, ocasionaram rebeliões durante o Período Republicano, sobretudo ao final. Uma das mais significativas foi a Revolta de Espártaco em 73 a.C. 

Espártaco era um dos muitos prisioneiros ou escravos rebeldes destinados à breve vida de gladiador em Roma. A luta entre gladiadores originou-se da tradicional prática de se oferecerem sacrifícios aos deuses e eram realizadas em arenas, destinadas a um grande público e utilizadas pela classe dominante como um grande divertimento. Dois guerreiros defrontavam-se armados de capacetes, espadas, lanças e escudos, para delírio dos espectadores, até que um deles caísse ao solo e ficasse em posição de ser morto pelo adversário. Nesse momento, o público deveria se manifestar a favor ou não da morte do guerreiro derrotado. Se os espectadores levantassem seus polegares, era o sinal de que decidiam pela morte do gladiador. Se, ao contrário, abaixassem seus polegares, era o sinal de que o poupariam para combates futuros 
Os gladiadores recebiam treinamento em escolas especiais comandadas pela elite romana. A ocorrência de suicídios, fugas e de rebeliões era uma constante entre esses homens, invariavelmente destinados à morte. É exatamente neste contexto que ocorre a grande revolta de Espártaco. Liderando um pequeno grupo de gladiadores, Espártaco consegue incitar os escravos da Itália à rebelião, chegando a formar um exército de 100 mil combatentes. A revolta foi sufocada pelo cônsul Licínio Crasso. Em 71 a.C., após derrotar a legião de rebeldes, Crasso mandou crucificar 6 mil escravos, como símbolo de sua opressão. Espártaco, por sua vez, acabou se transformando em um eterno símbolo da luta dos oprimidos pela liberdade. Embora a rebelião liderada por Espártaco tivesse se caracterizado pela sua grande dimensão, causando um certo pânico entre a classe dominante, não foi capaz de ameaçar concretamente a ordem social. Portanto, a escravidão continuou sendo o principal motor das atividades produtivas em Roma, entrando em crise somente após o século III da Era Cristã, quando houve fragmentação do Império Romano
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