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Baseado no primeiro livro de uma trilogia da alemã Cornelia Funke, Coração de Tinta é mais um filme baseado em histórias de fantasia como os grandes sucessos Harry Potter, As crônicas de Nárnia, entre outros. Chegou aos cinemas no dia de Natal para agradar aos fãs do gênero, mas não foi um grande sucesso como alguns dos seus antecessores.
O filme conta a história de Meggie, uma menina que aos 12 anos descobre que seu pai, Mo, tem um dom interessante, lendo em voz alta, ele pode trazer personagens ou objetos dos livros para a vida real. Contudo, assim como algo ou alguém sai do livro, algo ou alguém da vida real entra na história. Com isso, ela acaba descobrindo que o sumiço de sua mãe quando tinha 3 anos está ligado ao dom do pai. Eles vivem várias aventuras enfrentando os vilões que Mo libertou e tentando encontrar sua mae.
Como fã de literatura, penso que é inevitável uma comparação entre obra e adaptação cinematográfica. Confesso que antes de elaborar minha própria crítica, eu procurei a opinião de outros na internet e a maioria classifica Coração de Tinta como um bom filme, mas nenhuma dessas pessoas leu o livro. A trama conta com ótimos atores que rendem alguns personagens perfeitos, o qual destaco a atuação de Brendan Fraser como o pai da Meggie. Contudo, o filme peca por ser uma péssima adaptação da obra.
O principal defeito da adaptação é a mudança de várias partes da história, às vezes alterando a ordem dos fatos. Além disso, há explicações exageradas e mistérios que só descobrimos lendo a obra perto do final, são revelados no início do filme.
Outro fator é que certos personagens não conseguem mostrar sua essência. Por exemplo, o Basta, que é descrito no livro como um homem muito cruel e sem coração e tem uma cara de engraçado no filme. Assim como são citados outros livros e não aqueles a que a escritora se referiu (O mágico de Óz não consta na obra e O senhor dos anéis e Peter Pan, livros tão importantes na história, não são citados no filme).